A Pousada Garoa, responsável pelo estabelecimento atingido por um incêndio fatal na capital do Rio Grande do Sul, tem um contrato vigente com a Prefeitura de Porto Alegre no valor de R$ 2.705.379,96, conforme documento obtido. Esse contrato, segundo informações, inclui um termo aditivo assinado em dezembro do ano passado, com validade de doze meses a partir de 19 de dezembro de 2023, estipulando o pagamento de R$ 225.448,33 por mês para a empresa.
A Pousada Garoa foi contratada para fornecer serviços de hospedagem para a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), que atende à população mais vulnerável, incluindo indivíduos em situação de risco social, desemprego e dificuldades de acesso a outras políticas públicas.
Sobre o incêndio, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão investigando o caso, considerando a possibilidade de que tenha sido criminoso. As chamas começaram por volta das 2h30 na unidade da Pousada Garoa na Avenida Farrapo, no centro da cidade, e só foram controladas por volta das 5h. Oito pessoas ficaram feridas como resultado do incêndio.
Segundo o coordenador da Defesa Civil em Porto Alegre, Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior, há relatos de que um indivíduo teria entrado na pousada durante a madrugada, o que levanta a suspeita de incêndio criminoso.
Além disso, foi revelado que o local não possuía alvará de funcionamento nem plano de proteção contra incêndios, o que pode ter contribuído para a rápida propagação das chamas. A tragédia deixou dez pessoas mortas, algumas das quais se jogaram do segundo e terceiro andares do prédio para escapar do fogo.
As autoridades estão realizando uma investigação detalhada para identificar as vítimas e determinar as causas do incêndio, enquanto a prefeitura trabalha para fornecer apoio às pessoas resgatadas e abrigadas. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, expressou profunda tristeza com o ocorrido e enfatizou que o foco principal no momento é prestar assistência às vítimas e apoiar as investigações sobre a tragédia.