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A mensagem dos generais aos radicais e em defesa da legalidade: ‘Que venham, por aqui não passam’

11 de agosto de 2025
in Internacional, POLÍTICA, Segurança
Home Internacional
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O Exército imperial viu surgir a cavalaria paraguaia em direção aos fosso que protegia a artilharia brasileira em Tuiuti.

Era 24 de maio de 1866.

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Ali estava o então tenente-coronel Emílio Luís Mallet.

Conta a história que, diante da notícia da aproximação do inimigo, que buscava romper suas defesas, Mallet respondeu: “Eles que venham; por aqui não passarão”.

O oficial se tornaria o patrono da Artilharia.

📊 Informação Complementar

Em Peribebuí, em 1869, Mallet se insurgiu contra um massacre.

As tropas aliadas atacaram as trincheiras inimigas, que abrigavam 1.800 infantes, além de crianças e idosos.

No fim, 700 paraguaios morreram e 1.100 foram feitos prisioneiros.

🧠 Especialistas Analisam estadao

Do lado brasileiro, jaziam 312 homens.

Começou, então, um crime.

Conta o Visconde de Taunay que, por ordem do Conde d’Eu, foram degolados os comandantes inimigos.

O banho de sangue só parou depois que Mallet interveio.

Na semana passada, foi a vez de a “cavalaria inimiga” desafiar o general Tomás Miguel Ribeiro de Paiva.

Um grupo de oficiais da reserva ligado ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro tentou escalar a crise política, levando-a para dentro dos quartéis.

Foram neutralizados, sem a necessidade de nenhuma conversa no Forte Caxias para lhes impor aquilo que diziam defender quando estavam na ativa: disciplina.

Três generais que participaram de governos anteriores e a mulher de um quarto estão entre os radicais.

Usaram como justificativa as últimas medidas do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Foi nesse clima que o Alto Comando se reuniu na semana passada e chegou ao consenso de que a crise é política e que a instituição não deve ser contaminada pelos humores da Praça dos Três Poderes.

A conclusão é de que o objetivo dos radicais da ultra direita era acrescentar à bagunça institucional uma crise militar, desestabilizando o general Tomás para retirar a legitimidade do atual Alto-Comando, visto como obstáculo a um golpe.

Entre os generais, há quem lembre que, em um país dividido, o discurso dos radicais da ultra direita, que dizem representar “o povo”, lembra o de grupos que resolveram pegar em armas contra o regime militar, nos anos 1960.

A ultra esquerda também acreditava representar “o povo”.

O problema é que ontem – como hoje – ninguém se perguntava se o povo queria a radicalização que exclui da cidadania os que pensam diferente de quem defende o golpe ou a revolução.

Em uma República, o Exército não pode ser o braço armado de um partido político contra outro.

O País permanece dividido.

E, nesse contexto, os militares acreditam que é preciso diferenciar os que se deixaram levar pelo discurso da ultra direita e os aproveitadores do momento.

Há excessos na atuação do STF, mas o Brasil não vive uma ditadura.

E, como prova, fazem uma pergunta: que ditadura seria essa que permite a 40 mil pessoas irem à Paulista para se manifestar contra uma decisão de Moraes?

Os generais deixam claro o apoio à gestão do ministro da Defesa, José Múcio.

Trata-se de uma das poucas unanimidades em relação à atual gestão.

Aqui é preciso dizer: a rejeição ao golpismo não significa que a Força tenha se convertido ao petismo.

Muito pelo contrário.

O coração da grande maioria da oficialidade ainda bate no lado direito do peito.

Mas os generais dizem que as simpatias políticas não devem se sobrepor à legalidade.

Quem defende a ordem não pode criar desordem.

Na quinta-feira, duas solenidades reuniram a cúpula militar em Brasília com discursos fortes contra os radicais: a promoção dos oficiais generais e a posse do novo chefe do Estado-Maior do Exército (EME), general Francisco Humberto Montenegro Júnior, substituindo o general Richard Nunes.

A primeira contou com a presença de Múcio e do governador Tarcísio de Freitas, cujos colegas da turma de 1996 da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) chegaram ao generalato – 16 deles foram promovidos a brigada.

Tarcísio se negou a dar entrevista na solenidade.

Disse a um general que ali não era lugar para se fazer política, em evidente contraste ao comportamento de outro capitão, o ex-presidente, que discursava em frente ao QG e aproveitava as solenidades na caserna para fazer comícios aos oficiais do “meu Exército”.

Na solenidade, o general Richard disse aos generais recém-promovidos que preservar e fortalecer o Exército “requer acurado entendimento do ambiente informacional e plena aplicação dos preceitos da comunicação estratégica, com estrita observância dos princípios e valores éticos e morais cultuados por nossa instituição”.

Em seguida, ele enfatizou que a instituição deve se manter distante da crise: “Nestes tempos marcados pela precipitação, pela superficialidade, pelo imediatismo e pela conturbação, esse comportamento é mais do que nunca imprescindível para o enfrentamento das frequentes campanhas de desinformação percebidas em guerras de narrativas cada vez mais polarizadas.” E concluiu: “É preciso que instruam e orientem seus subordinados para o desafio de assegurar o caráter perene de uma instituição calcada no respeito à hierarquia e à disciplina.” Entre os promovidos a general de divisão estava Marcelo Zucco, cujo irmão, o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) foi um dos líderes da baderna no Congresso promovida pelo bolsonarismo após a decretação da prisão de seu líder – Luciano é um dos 14 parlamentares da direita que podem ser punidos em razão do episódio.

Horas mais tarde, Richard voltou à carga.

Desta vez, na transmissão de cargo da chefia do EME.

O general fez um balanço dos 47 anos de serviço ativo, iniciados em 18 de fevereiro de 1978 quando ingressou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas.

Tinha 14 anos.

Aspirante da Arma de Artilharia da turma de 1984 da Academia Militar das Agulhas Negras, Richard recordou os 17.309 dias passados na caserna.

Lembrou a canção de sua Arma antes de fazer uma “menção especial” a Múcio “pelo apreço e pela confiança em um momento recente e crucial da minha vida profissional” e pela “sabedoria e a lealdade” em tempos “tão desafiadores”.

O general tratou então de Tomás.

Pareceu atacar os inimigos do Exército, internos e externos, que tentam derrotá-lo no presente, como os paraguaios no passado.

“Tem sido uma honra servir ao seu lado e auxiliá-lo na grande empreitada que é conduzir os destinos do Exército em uma época de tanta incompreensão.” E prosseguiu: “A história registrará os esforços que tem realizado para a preservação dos princípios e valores que devem nortear o Exército de Caxias como autêntica instituição de Estado”.

Então, concluiu: “Conte sempre com este soldado para manter inexpugnável a fortaleza da hierarquia e da disciplina: ‘Eles que venham.

Por aqui não passam!’”.

Ai estavam o ministro Múcio, Tomás, Montenegro e os demais integrantes do Alto-Comando do Exército, além de quase todos os antigos chefes do EME, como os generais Valério Stumpf, Fernando Azevedo e Silva, Sérgio Etchegoyen e Marco Antônio Amaro dos Santos, atual ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e boa parte dos generais recém-promovidos.

Tomás assim se manifestou sobre o colega, que deve ir trabalhar no Ministério da Defesa:
“Contei sempre com você (Richard) nas horas mais difíceis.

Os verdadeiros soldados sabem que o reconhecimento e a popularidade são efêmeros e são acompanhados pela abnegação e pelo desprendimento; vivem vidas modestas, dão ordens diretas e assumem a responsabilidade pelo que decidem.

Seu farol são a lei e a ética; e sua consciência, a sua maior julgadora.

É assim que o seu comandante o vê, como verdadeiro soldado.

Outras jornadas o esperam, na certeza de que seguiremos ombreados.” Desde 2022, Tomás e Richard estão entre os principais alvos da campanha de difamação da ultra direita, que busca desestabilizar o País.

O radicalismo é sempre assim.

Parece ombrear com os que defendem o Brasil, mas ao fim e ao cabo, são os autores de crimes, massacres, conspirações e badernas.

O que as cerimônias em Brasília parecem demonstrar é que eles estão do outro lado da trincheira da ética e da legalidade.

Foi por isso que a mensagem de Mallet falou mais alto no Forte Caxias.


Fonte: estadao

11/08/2025 14:49

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