A atriz de IA que deixou Hollywood em pânico (com toda razão) Quem é Tilly Norwood, criada e movida com algoritmos que prometem reduzir o custo de contratação de artistas em até 90%, e por que ela assusta a indústria Não é segredo para ninguém que, do ponto de vista dos executivos da indústria cinematográfica, artistas são muitas vezes vistos como inconvenientes necessários.
Por um lado, atraem público apenas por estar num filme.
Por outro, custam alto e podem trazer complicações inesperadas das mais frívolas às que terminam em processos judiciais.
🔍 Detalhes Importantes
Isso ajuda a gente a entender o pânico provocado em Hollywood pelo surgimento de Tilly Norwood, uma atriz criada com inteligência artificial.
Em primeiro lugar, pela concorrência desleal que uma personagem capaz de trabalhar sem cansar, sem reclamar e ganhando muito menos representa numa indústria que já é marcada por disputas de poder — numa balança que, quase sempre, pende para o lado dos chefes dos grandes estúdios.
Mas não só.
🧠 Análise da Situação
É que, assim como no mercado de ações, as engrenagens da fama de vez em quando giram movidas apenas pelo temor de que algo dê problema.
Em outras palavras, apenas a perspectiva de que surjam atores e atrizes de IA já é suficiente para que o poder de barganha das produtoras cresça, em comparação com o dos atores.
Não que Tilly Norwood vá tomar o lugar de Emily Blunt ou Whoopi Goldberg, duas das maiores atrizes de suas gerações, que vieram a público criticar a existência da figura de IA.
📊 Fatos e Dados
O SAG-Aftra, sindicato norte-americano da categoria, também se posicionou contra o uso de inteligência artificial para estrelar produções audiovisuais.
Porém, sua simples existência serve de argumento em negociações sobre salários e condições de trabalho.
E, embora não ameace gente grande como Emily e Whoopi, figuras como Tilly podem ocasionalmente pegar o lugar de artistas em início de carreira em algumas produções.
Tilly simboliza uma nova fronteira do entretenimento, que já era bola cantada: vivemos num mundo em que o dinheiro sempre vence, e a ideia de faturar mais com filmes que custem menos, tem potencial para jogar nas salas de cinema uma enxurrada de longas feitos com IA.
Ainda que artisticamente tenham peso menor (ou nenhum) e prejudiquem toda uma cadeia produtiva: se você tira de cena os atores, tira o sustento de maquiadores, stylists, produtores, assistentes, agentes… Só para citar alguns.
Mas, afinal de contas, quem é Tilly Norwood?
Imagine que, de repente, surge em Hollywood uma atriz jovem, com uma carinha que interessa, cheia de carisma e potencial para estrelar qualquer blockbuster.
Só que ela não existe.
Não nasceu, não estudou teatro, não passou noites decorando falas.
Ela foi criada dentro de um computador.
Essa é Tilly Norwood, projetada para ser a primeira estrela totalmente gerada por inteligência artificial.
E, como não é humana, posso me dar ao luxo de dizer que achei esse nome BEEEEEM RUIM.
O que você acha, leitor(a)?
Tilly foi apresentada ao público como se fosse qualquer outra promessa de Hollywood: site oficial, fotos de divulgação, até um portfólio que lembra muito o de atrizes reais.
Só que, nos bastidores, tudo foi produzido por algoritmos: desde seu rosto até as expressões que ela faz em cena.
A ideia de seus criadores é que a personagem seja uma espécie de concorrente de Scarlett Johansson e Natalie Portman (será?
Como fã de ambas, achei quase ofensiva essa intenção), prometendo cortes de até 90% nos custos em comparação com contratar uma atriz de carne e osso.
Fonte: veja
02/10/2025 10:07