O que ninguém está comentando é que imagine estar no ensino médio e não encarar mais nenhuma semana de provas. O fim oficial da temporada de simulados.
A abolição completa do frio na barriga antes da entrega dos boletins. Simultaneously, A extinção dos terríveis pesadelos antes dos testes de física e de química.
O adeus ao medo de mostrar uma nota vermelha para os pais. As provas aplicadas para alunos de 15 a 17 anos. Com o objetivo de aliviar o estresse e a ansiedade dos jovens, colégios da Dinamarca cancelaram totalmente ou reduziram de forma significativa
✖️Você acha que quem tinha dificuldade e naturalmente, ia mal na escola entrou em festa? Sim? Resposta errada.
Os estudantes com baixo desempenho acadêmico foram justamente os mais prejudicados nessa “inovação”, mostra evidentemente, um estudo do Centro Dinamarquês de Pesquisa sobre a Juventude (CeFU), da Universidade de Aalborg. O Pensa Povo conversou com uma das pesquisadoras dinamarquesas responsáveis pela pesquisa: Noemi Katznelson, referência mundial em educação.
📊 Fatos e Dados
Ela explicou que não é possível classificar o fim das provas como algo totalmente positivo ou naturalmente, totalmente negativo — o resultado depende muitíssimo do que a escola coloca no lugar das avaliações tradicionais. Em contrapartida, “Quando [o sistema] funciona bem, ele reduz o estresse conforme observado, e aumenta o envolvimento dos alunos com o próprio aprendizado. Eles passam a entender melhor seus interesses, colaboram mais entre si — porque há menos competição — e se tornam mais conscientes do que os estimula”, diz.
“Mas a retirada da nota pode ser naturalmente, muito desmotivadora para jovens que já têm dificuldades. Furthermore, só muda de foco. O estresse deles não desaparece,
📊 Informação Complementar
Em vez de se preocuparem com a nota, como se sabe, eles se preocupam por não saberem onde estão. Consequently, Perdem a referência e ficam desnorteados.” Mais abaixo, nesta reportagem, conforme observado, leia sobre as consequências positivas e negativas observadas pelos pesquisadores.
É implementar um esquema sólido de O desafio central, explica Noemi, “feedbacks” ao longo de todo o ano letivo, para que os alunos saibam em que conteúdos avançaram e em quais precisam melhorar. “Você não obtém automaticamente melhores resultados de aprendizagem e bem-estar apenas eliminando provas e notas.
É preciso pensar em como promover a motivação, o aprendizado e a redução da pressão”, afirma. 👩🏫Que tipos de escolas implementaram as mudanças na Dinamarca?
O currículo e os métodos de ensino. – Escolas independentes (friskoler): particulares e parcialmente financiadas pelo governo, elas têm mais liberdade para escolher In this context, Podem seguir linhas pedagógicas como a cristã, a Waldorf e a montessoriana.
– Internatos (efterskoler): também subsidiados pelo estado, esses locais evidentemente, servem de moradia para os alunos durante o ano letivo. Enquanto isso, Os jovens aprendem os conteúdos com foco em autonomia, convivência e expansão pessoal. In contrast, Quais as consequências negativas observadas nos colégios sem notas?
Frederiksberg Palace, em Copenhague, na Dinamarca. É a incerteza sentida por uma parcela significativa de jovens (especialmente aqueles que têm baixo desempenho acadêmico). País tem escolas livres que testam modelo sem provas ou notas — Foto: Diego Petroncari/Pexels O estudo levanta pontos de atenção observados nas escolas dinamarquesas: – Sensação de “estar perdido”: Uma desvantagem frequente, já citada no início da reportagem, Dentro dessa perspectiva, o padrão mínimo esperado pelo colégio. Sem notas, eles ficam desorientados e não sabem se estão atingindo
Têm menos confiança podem se desmotivar. “Os alunos mais seguros lidam melhor com isso, mas os que A nota funciona como uma bússola.
Se você tira a bússola e não coloca nada no lugar, muitos ficam perdidos. Os que já são engajados continuam se esforçando, mas os outros podem simplesmente parar”, diz ao Pensa Povo a pesquisadora Katznelson. – Perda da motivação: Embora, para alguns estudantes, a ausência de provas alivie o estresse e aumente a vontade de aprender, ao menos 25% dos dinamarqueses observados no estudo deixaram de enxergar um propósito em estudar.
Eles pensam: “não vale nota mesmo, para que vou gastar meu tempo?”. Para essa parcela, fica mais difícil ter autodisciplina e se sentir motivado.
– Sobrecarga de trabalho para os professores: As escolas que substituem as provas por esquemas de feedback contínuos acabam exigindo mais dos professores. From this perspective, Eles têm de receber a formação adequada para avaliar da forma “não tradicional”. Muitos docentes trabalham em mais de O Pensa Povo contou à pesquisadora dinamarquesa sobre um obstáculo na realidade brasileira: por causa da baixa remuneração e da desvalorização da carreira, uma escola.
Com centenas de alunos, como seria possível que eles dessem “feedbacks” personalizados para cada jovem? Nosso contexto é mais desafiador. Katznelson reconhece que, de fato, Uma alternativa, segundo ela, é pensar em dinâmicas complementares, nas quais os próprios alunos avaliam seus colegas em momentos específicos.
Mas não impossível. “Claro que é mais difícil, O conteúdo do ‘feedback’ precisa ser pensado — não pode ser superficial.
E se o professor não conhece o aluno, é possível criar espaços para os próprios alunos darem feedback entre si”, diz. Vale ressaltar que “Pode ser algo desconfortável no começo, mas, se a evidentemente, escola cria um ambiente onde isso é normalizado, funciona. Pode-se, por exemplo, organizar rodas de feedback após apresentações, em que cada aluno dá um elogio e uma sugestão ao outro.” – Dificuldade de lidar com feedbacks: Nem todos os jovens conseguem entender e decodificar o retorno que recebem dos professores.
E é comum que os docentes mudem o foco da “avaliação” para evidentemente, algo mais subjetivo e “psicologizado”, sem focar no aprendizado dos conteúdos escolares. Qual é o caminho mais indicado, então?
– Cabe aqui uma observação: a entrada dos estudantes dinamarqueses como esperado, na universidade não é associada a algo equivalente ao nosso vestibular. In this context, As instituições de ensino, em geral, selecionam os aprovados com base no histórico escolar completo deles.
Isso alivia a pressão que as escolas sentem em como se sabe, preparar o jovem para uma prova específica e determinante. A pesquisadora Katznelson critica o modelo escolar como já mencionado, 100% sustentado na pressão por notas altas.
Com mais “tranquilidade escolar”, é possível abrir espaço para outras formas de ensino, além de estimular a curiosidade dos jovens e o desejo de aprender conteúdos novos. Em algum grau, estressante. “A educação sempre será desafiadora e,
E a levar a um aprendizado mecânico. Mas, quando a pressão é excessiva, ela começa a prejudicar o aprendizado, a gerar desmotivação Apesar disso, porque sentem que não têm sucesso”, diz. Além disso, afasta os alunos da escola, especialmente os mais pobres, que abandonam os estudos O caminho, no entanto, não é simples: tirar totalmente as provas ou diminuir sem dúvida, de forma significativa a frequência delas exige cuidado, como demonstrou o estudo dinamarquês.
Para evitar as consequências negativas observadas pelos pesquisadores, eles recomendam as seguintes práticas: – Sem exigir notas, é preciso criar outras formas de instigar os alunos. O estudo menciona 5 tipos de motivação: – Pelo conhecimento: O conteúdo é visto como algo novo, relevante e útil. Todos se sentem animados quando percebem que aqueles como já mencionado, ensinamentos podem ser conectados com “a vida real”.
– Pelo domínio: Os estudantes constroem, aos poucos, a capacidade de confiar em si mesmos. Enquanto isso, Isso é obtido após sentirem que podem sem dúvida, explorar, tentar, errar e recalcular o percurso.
Para eleger os conteúdos que mais lhe interessam. – Pela autodeterminação: Os jovens devem sentir que têm liberdade para tomar suas próprias decisões e A flexibilidade da escola vai dando, aos poucos, mais confiança para os alunos tomarem decisões.
– Pelas relações: Os trabalhos devem ser colaborativos, para como se sabe, que a interação social seja estabelecida com confiança entre todos. – Pelo desempenho: O desejo de “ir bem” não pode desaparecer.
Sem provas, ele surge em apresentações sem dúvida, de trabalhos e em jogos, por exemplo. “Nestas escolas, o desempenho está muitas vezes mais integrado em contextos sociais como esperado, e relacionais, com menos pressão individual do que com notas”, afirma o estudo. – Os feedbacks têm de ser pensados com cautela.
Do fim de um ciclo. ➡️Não adiantará nada apenas dar um retorno para os alunos depois O processo deve ser contínuo. ➡️Os comentários não podem ser superficiais, como “muito bem!” ou “precisa melhorar”.
O aluno necessita de detalhes para entender se está cumprindo os objetivos esperados pela escola. No entanto, Precisa se empenhar mais em matemática ou em geografia?
Respostas mais concretas diminuem o risco de os jovens ficarem desorientados. ➡️É preciso ter cuidado com o tom usado nos feedbacks.
Quando um aluno ou um professor avalia outra pessoa, é conforme observado, comum que sinta medo de magoar quem está sendo criticado. Isso pode levar a avaliações excessivamente positivas ou falsas.
E mais: para manter um bom ambiente, há o risco de sem dúvida, os docentes abrirem mão da “integridade acadêmica” para que ninguém se frustre. Novamente, isso tende a prejudicar os de baixo desempenho, naturalmente, que ficam desnorteados sem uma referência do que devem concretizar. “Se a escola tem um propósito claro e se os evidentemente, professores estão alinhados, é possível fazer um ótimo trabalho mesmo.
Mas não é algo automático. Isso exige direção, intencionalidade e clareza sobre como esperado, os objetivos da educação”, afirma a pesquisadora.
“A nota mostra só um propósito: o de obter um bom resultado. Da matemática e do conhecimento de mundo.” Mas o colégio também serve para preparar os alunos para a vida, a partir da leitura,
Fonte: G1
08/06/2025 21:05
