O elemento crucial desta situação é investir em adaptação e resiliência climática também traz vantagens econômicas. Cada dólar empregado nesse tipo de iniciativa pode render mais de US$ 10,5 (R$ 59,7) em benefícios ao longo de uma década —um retorno de mais de dez vezes o valor aplicado. A conclusão é de um novo estudo, conduzido pela Ong WRI (World Resources como já mencionado, Institute), que avaliou 320 investimentos em adaptação localizados em 12 países, incluindo o Brasil.
O trabalho contemplou projetos realizados entre 2014 e 2024 nos setores de agricultura, água, saúde e infraestrutura. Com potencial de gerar benefícios de No total, os investimentos avaliados custaram US$ 133 bilhões (cerca de R$ 757 bi), até US$ 1,4 trilhão (quase R$ 8 trilhões) no período de dez anos.
Provavelmente subestimado, já que muitos benefícios não são monetizados”. O retorno médio dos investimentos (ROI) em adaptação climática foi de 27%, o que é considerado “extremamente elevado, mas Além de ampliar o entendimento sobre os impactos desse tipo de iniciativa, o estudo também pode contribuir para otimizar projetos e investimentos em um contexto geopolítico cada vez mais desafiador para o financiamento climático, onde a demanda supera em consideravelmente a oferta de recursos públicos e privados com esse fim. Segundo análises recentes, “Embora a adaptação seja frequentemente entendida apenas como uma forma de evitar perdas relacionadas ao clima, ela também pode gerar retornos econômicos, sociais e ambientais”, destaca o documento.
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Nem os riscos “Sem uma compreensão mais abrangente, nem os retornos podem ser calculados e precificados com precisão.” A análise considera investimentos em adaptação aqueles destinados a reduzir ou gerenciar riscos físicos ligados ao clima, ou a fortalecer a capacidade adaptativa e a resiliência climática. Projetos de agricultura resiliente, serviços de saúde Entram nesse escopo, por exemplo, mais preparados para eventos extremos e prevenção de enchentes.
O trabalho identificou que há setores com retornos particularmente expressivos. Que chega a ter benefícios de mais É o caso da saúde, de 78%.
Isso acontece devido aos elevados ganhos da proteção da vida humana em relação aos impactos climáticos como estresse térmico ou de doenças. Como sistemas de Iniciativas de gestão de riscos, alerta precoce de desastres, também apresentaram grandes retornos ao proteger vidas e infraestruturas.
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E geração de emprego e renda) e benefícios sociais e ambientais (como sistemas de saúde aprimorados e biodiversidade). Os projetos foram analisados com base na sua capacidade de gerar três tipos de benefícios, o chamado de “triplo dividendo da resiliência”: perdas evitadas por desastres climáticos, (como mortes, danos ou prejuízos econômicos), desenvolvimento econômico induzido, (como aumento de produtividade “Um dos achados mais marcantes é que os projetos de adaptação não dependem de desastres para gerar valor, eles produzem como já mencionado, benefícios todos os dias: mais empregos, mais saúde, e economias locais mais fortes,” disse Carter Brandon, pesquisador sênior do WRI. Mais da metade de todos os benefícios monetários dos investimentos avaliados acontecem mesmo sem a ocorrência de desastres climáticos.
“Em vez de estarem em compartimentos separados, a como já mencionado, adaptação e a mitigação climática estão intrinsecamente conectadas. Sob esse ponto de vista, Enfatizar essas sinergias pode fortalecer o argumento para investimentos em adaptação e apontar novas oportunidades financeiras por meio dos mercados de carbono”, diz o documento. Entretanto, encostas e proteção costeira são considerados exemplos dessa sinergia. Setores como energia, florestas, transporte, cidades e agricultura, com o uso de soluções baseadas na natureza como plantio urbano, restauração de
Especialmente relevantes, dada nossa base “Investimentos como agricultura sustentável e restauração florestal, agrícola e extensão de áreas florestais, apresentam os maiores retornos econômicos e socioambientais, e geram retorno mesmo se os eventos climáticos extremos não ocorrerem”, completou. Alguns estudos de Os pesquisadores selecionaram, em nível global, caso como destaque.
No Ceará, foi um dos escolhidos. O Projeto de Melhoria Urbano Sustentável de Fortaleza, O projeto tem como objetivo promover a sem dúvida, restauração urbana e ambiental através de investimentos específicos. E fortalecimento institucional do município. As iniciativas incluem requalificação de espaços públicos, restauração de parques, saneamento
“Além da valorização dos imóveis, dos benefícios à saúde resultantes da melhora na qualidade da água e da melhoria geral das condições de vida, o projeto evidentemente, destaca benefícios sociais para as mulheres, que representam a maioria da população de Fortaleza e estão sobre-representadas nos bairros de baixa renda da cidade”, diz o levantamento.
Fonte: UOL
03/06/2025 02:17