A nova regra do Ministério da Educação (MEC) virou o jogo para quem estuda à distância. A partir de agora, graduações como Medicina, Direito, Psicologia, Odontologia e Enfermagem não poderão mais ser oferecidas totalmente no formato EAD. Mas calma: se você já está matriculado, seu curso está garantido até a formatura.
A mudança faz parte da Nova Política de Educação à Distância, que busca melhorar a qualidade do ensino superior no Brasil. Veja a seguir como essa novidade impacta os cursos, os alunos e o futuro da educação à distância no país.

🛑 Fim do 100% online: cursos precisarão ter parte presencial
O MEC deixou claro: nenhum curso poderá ser totalmente à distância. Mesmo quando o EAD for permitido, será necessário que pelo menos 20% das aulas aconteçam com presença física dos alunos e professores.
📌 Isso vale para todos os cursos EAD e pode acontecer de duas formas:
- Aulas presenciais no campus da instituição ou em locais credenciados;
- Aulas ao vivo, com professor e turma conectados em tempo real.
Além disso, todas as provas precisam ser feitas presencialmente. Ou seja, acabou a ideia de estudar 100% do sofá de casa.
🎓 Já está estudando? Você não será prejudicado
Se você já começou seu curso EAD antes da nova regra, pode respirar aliviado. O MEC garantiu que:
- Quem já está matriculado poderá continuar estudando até o fim do curso;
- As mudanças só valem para novas turmas;
- As faculdades terão até 2 anos para se adaptar às novas regras.
Isso dá tempo para as instituições se organizarem sem atrapalhar o caminho de quem já está na jornada.
🧩 Novos formatos, novas exigências: o que muda no EAD?
Com o novo decreto, nasce uma nova categoria: curso semipresencial. Ele mistura aulas online com atividades físicas obrigatórias — como estágios, laboratórios e projetos práticos.
📋 Outras mudanças importantes:
- Infraestrutura dos polos EAD: agora será obrigatório oferecer internet, salas de estudo e laboratórios. Não pode mais ser qualquer espaço improvisado.
- Limite nas turmas online ao vivo: máximo de 70 alunos por professor para garantir atenção de verdade.
- Mediadores pedagógicos: cada curso EAD precisará de professores treinados para acompanhar as aulas ao vivo. Tutores não poderão assumir essa função.
📝 E mais: cada disciplina à distância terá que ter pelo menos uma prova presencial, com peso alto na nota final, para garantir que o conteúdo foi realmente absorvido.
📈 Por que tudo isso agora?
O MEC notou que, apesar do crescimento do EAD — que em 2022 já tinha mais matrículas que os cursos presenciais — o desempenho dos alunos era mais fraco, e muitos cursos online apresentavam notas muito baixas nas avaliações oficiais. Isso acendeu o alerta para reforçar a qualidade do ensino oferecido.
🔎 A nova regra vem para garantir que estudar à distância continue sendo uma opção — mas sem perder em qualidade ou ser feito de qualquer jeito.