A Receita Federal está avaliando a possibilidade de retomar a fiscalização das transações via Pix, exigindo que fintechs como Inter, PicPay e Nubank informem a movimentação financeira de seus clientes. A proposta foi mencionada pelo secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, durante uma audiência no Senado. O objetivo principal seria reforçar o combate a atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro.

📌 Por Que a Receita Quer Voltar a Discutir a Fiscalização do Pix?
Segundo Barreirinhas, o avanço da tecnologia financeira trouxe facilidade para operações bancárias, mas também abriu portas para esquemas criminosos. Durante sua fala, ele destacou que muitas fintechs já enviam dados à Receita mesmo sem uma exigência formal, mas que essa obrigação precisa ser revisada e regulamentada.
O secretário argumenta que a fiscalização ajudaria a coibir crimes financeiros, especialmente diante do aumento das operações da Polícia Federal contra esquemas ilegais.
🏴 Quais Atividades São Suspeitas de Usar o Pix para Esquemas Ilícitos?
De acordo com a Reuters, algumas atividades já foram identificadas como principais focos de investigação por supostamente utilizarem fintechs para movimentações suspeitas:
🔹 Apostas on-line
🔹 Criptomoedas
🔹 Contrabando de cigarros
🔹 Venda irregular de combustíveis
A ideia da Receita é trazer mais transparência e garantir que essas transações não sejam usadas para burlar o sistema financeiro.
🔍 A Polêmica da “Taxa do Pix” e o Recente Recuo do Governo
A fiscalização do Pix já foi suspensa em janeiro de 2025, após uma onda de críticas e fake news, incluindo boatos sobre uma suposta “taxa do Pix”. O governo precisou recuar, mas agora o tema volta à mesa, com possibilidade de novas regulamentações.
Se essa medida for retomada, as instituições financeiras teriam de reportar semestralmente à Receita os dados das transações via Pix, assim como já fazem com outras operações bancárias.