Donald Trump ordenou que as agências responsáveis por programas de diversidade, inclusão e equidade fechem suas operações e coloquem seus funcionários em licença remunerada a partir do final do dia de hoje. O decreto também determina que órgãos governamentais e instituições que recebem fundos federais, como universidades privadas, suspendam seus programas de diversidade. No texto da medida, Trump afirma que as instituições de ensino estão adotando “preferências perigosas, degradantes e imorais baseadas em raça e sexo sob o pretexto de diversidade, equidade e inclusão”.
Após a eleição de Trump, empresas privadas dos Estados Unidos, como Meta e McDonald’s, também começaram a reduzir ou abandonar suas iniciativas de diversidade. Agências públicas, organizações não governamentais e programas no Brasil que recebem fundos do governo dos EUA para políticas de inclusão devem ser impactados pelas novas diretrizes implementadas pela gestão Trump.
Trump e a bispa Mariann Edgar Budde
Trump atacou a bispa Mariann Edgar Budde, da Igreja Episcopal Americana, após ela pedir “misericórdia” durante a primeira missa de que Trump participou após sua posse. Em sua rede social, Truth, Trump chamou a bispa de “esquerdista radical que odeia Trump”, criticando seu tom e acusando-a de espalhar medo entre migrantes e pessoas LGBTQ. Durante o sermão, Budde pediu ao presidente que demonstrasse misericórdia para com aqueles cujos filhos temem que seus pais sejam deportados e para aqueles que fogem de zonas de guerra e perseguição.
Controvérsia sobre cidadania e outros decretos
22 estados americanos, além das cidades de San Francisco e Washington DC, entraram na Justiça contra o decreto de Trump que visa negar cidadania a bebês nascidos nos EUA de pais imigrantes sem visto ou com visto temporário. “Ele não pode reescrever a Constituição”, afirmou Matt Platkin, procurador-geral de Nova Jersey. Trump justifica a medida dizendo que o direito à cidadania, garantido pela 14ª Emenda, não se aplica a filhos de não cidadãos, embora essa interpretação contrarie mais de 100 anos de jurisprudência. Outros decretos de Trump, como o que cria o Departamento de Eficiência do Governo, liderado por Elon Musk, e o que relaxa as regras para demissão de funcionários públicos, também estão sendo contestados na Justiça.
Ataque israelense na Cisjordânia
Três dias após o início do cessar-fogo na Faixa de Gaza, Israel lançou um grande ataque a um campo de refugiados em Jenin, na Cisjordânia, matando pelo menos dez palestinos e ferindo 40, incluindo médicos e enfermeiros. O ataque ocorreu um dia depois de Trump ter suspendido sanções impostas por Biden a colonos israelenses envolvidos em ataques a vilarejos palestinos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, justificou a operação como uma medida para reforçar a segurança na Cisjordânia.
Avós da Praça de Maio encontram mais um neto
As Avós da Praça de Maio, organização argentina que busca recuperar netos sequestrados durante a ditadura militar, anunciaram o encontro de sua neta número 139. A jovem, filha de militantes desaparecidos em 1977, nasceu entre janeiro e fevereiro de 1978. A identidade da neta ainda não foi divulgada. A organização estima que cerca de 300 netos ainda estão desaparecidos, sequestrados durante a repressão militar.
Incêndio fatal na Turquia
Um incêndio em um hotel de esqui na Turquia matou 76 pessoas e feriu 51. A tragédia ocorreu no Grand Kartal Hotel, em Bolu, onde 234 pessoas estavam hospedadas. A polícia prendeu nove pessoas, incluindo o dono do hotel, enquanto investiga a causa do incêndio, que começou no restaurante do hotel e se espalhou pelos andares superiores. Os bombeiros demoraram 12 horas para apagar as chamas.