Entre janeiro e outubro do ano passado, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) multou um motorista a cada 3 minutos por avançar o sinal vermelho na capital paulista, totalizando 136.972 infrações.
A infração mais comum em 2023 foi o excesso de velocidade, responsável por 40% das multas aplicadas pela CET. As multas por excesso de velocidade foram distribuídas da seguinte forma:
- 1,6 milhão por dirigir até 20% acima do limite permitido;
- 209 mil por dirigir entre 20% e 50% acima do permitido;
- 25 mil por dirigir mais de 50% acima do limite.
Além das penalidades aplicadas pela CET, que é um órgão municipal, os motoristas também estão sujeitos à fiscalização do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), que verifica aspectos administrativos, como licenciamento e validade da habilitação, com o apoio da Polícia Militar.
Em 2024, o Detran registrou 2.749.218 multas na cidade de São Paulo, representando um aumento de 27% em relação ao ano anterior. Os principais motivos para as infrações foram: não registrar o veículo em até 30 dias após a transferência, conduzir sem licenciamento, usar o celular ao dirigir, não usar cinto de segurança e dirigir sem habilitação.
Para a especialista em trânsito, Glaucia Pereira, diretora do Instituto Multiplicidade, o aumento nas multas administrativas destaca a importância da conscientização sobre as responsabilidades envolvidas na compra de um veículo. “É fundamental que as pessoas entendam que, ao adquirir um automóvel, seja novo ou usado, elas assumem diversas responsabilidades, incluindo as financeiras”, afirma.
Glaucia observa ainda que, embora as multas sejam um dos principais meios de conscientização, muitas pessoas ainda sentem uma sensação de impunidade em relação a infrações de comportamento, como não sinalizar, usar o celular ao dirigir ou não usar o cinto de segurança. “As multas para esses tipos de infração são muitas vezes ocasionais e pouco percebidas, por isso é essencial aliar conscientização à fiscalização”, conclui.