Foi detectada a presença de arsênio no corpo de Paulo Luiz dos Anjos, sogro da mulher presa por suspeita de envenenar o bolo que causou a morte de três pessoas em Torres, conforme informações do Jornal Zero Hora.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou a substância através de exames, identificando o arsênio, o mesmo presente no bolo de Natal que resultou nas mortes em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
Paulo Luiz faleceu em setembro de 2024, após consumir leite em pó e bananas que, segundo investigação, foram levados à sua residência em Arroio do Sal (RS) pela nora. Sua esposa, Zeli dos Anjos, também ficou doente, mas sobreviveu.
Dias antes do incidente, Deise, acompanhada pelo marido e filho, havia visitado o casal, levando produtos como leite em pó, farinha, bananas e itens de limpeza.
A suspeita de envenenamento surgiu após a investigação do bolo de Natal preparado por Zeli e levado para uma confraternização familiar. O IGP revelou que a farinha usada no bolo estava contaminada com arsênio, o que provocou a morte de três pessoas e a hospitalização de outras.
A exumação de Paulo Luiz dos Anjos reforçou as suspeitas contra Deise. Durante a perícia em seu celular, foram encontradas cerca de 100 buscas relacionadas a “arsênio” e termos como “veneno para o coração” e “veneno para humanos”.
Deise Moura dos Anjos encontra-se detida no Presídio Estadual Feminino de Torres, sendo investigada por triplo homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio.
O caso
Em 23 de dezembro de 2024, seis pessoas passaram mal após consumir o bolo envenenado durante um café da tarde em Torres, no Rio Grande do Sul. Três mulheres morreram devido à ingestão do bolo: Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva faleceram devido a parada cardiorrespiratória, enquanto Neuza Denize Silva dos Anjos teve a morte atribuída a “choque pós-intoxicação alimentar”.