O Estado de São Paulo levantou 14,77 bilhões de reais com a venda de ações da Sabesp, uma oferta executada ao preço de 67 reais por papel e que marcou a privatização da maior companhia de saneamento do Brasil.
A operação reuniu 17.572 investidores pessoa física que compraram 21.876.433 ações da empresa. A oferta contou ainda com 390 investidores estrangeiros que adquiriram 43.292.772 ações da empresa e 1.007 fundos de investimentos que ficaram com 38.492.273 papeis.
No total, a venda das ações da Sabesp envolveu 220.470.00 papéis, incluindo cerca de 28,8 milhões em lote suplementar. As ações exibiam alta de 0,34% por volta das 12h45, cotadas a 87,30 reais, após a cerimônia de batida de martelo do follow on.
A Equatorial Energia, que até então atuava em saneamento apenas por meio de uma pequena operação no Amapá, tornou-se investidor estratégico da Sabesp no final de junho sem enfrentar concorrência, ficando com fatia de 15% na companhia em um investimento de cerca de 7 bilhões de reais.
Em pronunciamento durante a cerimônia, o presidente da Equatorial, Augusto Miranda, procurou rebater críticas que afirmam que a empresa não tem expertise no setor. “Trazemos ampla experiência em operação de ativos de infraestrutura”, afirmou.
O executivo citou que a Equatorial tem atualmente 34 milhões de clientes em 15 Estados do país, tendo investido no ano passado 11 bilhões de reais.
“Iremos somar esforços na melhoria da gestão”, afirmou o executivo sobre a nova governança da Sabesp, anteriormente controlada pelo Estado de São Paulo, que detinha uma participação de 50,3% na empresa e passou a 18,3% após a privatização.