O que parecia um simples processo seletivo se tornou um verdadeiro pesadelo para a arquiteta e urbanista, Edilaine Maciel, moradora da cidade de São Paulo. A jovem decidiu participar de uma seleção para uma vaga na empresa L’Occitane, uma gigante do ramo de cosméticos que possui quase 40 lojas no Brasil, mas viu os planos irem por água abaixo e o seu projeto para a marca ser reproduzido sem autorização.
Em 2023, a jovem decidiu candidatar-se à vaga, a qual afirma ter passado em todas as fases, inclusive na de inglês, a que se tornou decisiva para o início dos problemas. “Passei por todas as etapas. Conversa com RH, conversa em inglês, apresentação do case, entrevista com a gestora. Ai no feedback falaram que havia tido uma reunião que mudaram o nível do inglês. Só por isso eu não passaria”, disse Edilaine.
Em uma das etapas, ela apresentou um case de um novo conceito de lojas para a marca. Como não foi aprovada, Edilaine esperava que o seu projeto fosse excluído, mesmo após ter recebido muitos elogios. “O projeto foi muito elogiado pela gestora no processo seletivo que participei em janeiro de 2023. Um mês depois notei uma reforma de fachada de uma loja, suspeita, e em setembro me surpreendi quando vi a postagem da nova Flagship da L’Occitane Au Brésil do Morumbi Shopping”, disse.
Em contato com Edilaine, ela afirmou que ainda não pode dar mais detalhes do processo, que não está 100% disponível para consulta pública. Na Justiça, ela pede indenização por danos morais, direitos autorais e indenização por dano material. “Nesse momento estamos aguardando a decisão do juiz, pra ver se ele acata a liminar para suspender a abertura de novas lojas”, afirmou a arquiteta.
Confira as comparações do projeto dela com a loja, que foi inaugurada neste ano, em um grande shopping em São Paulo.