O prefeito Bruno Reis criticou o projeto de lei que propõe a gratuidade no transporte público de ônibus, ascensores e aquaviário em Salvador, protocolado na Câmara de Vereadores em 17 de algum mês passado. O PL sugere que as entidades empregadoras de cada município paguem uma taxa para financiar todo o sistema de ônibus, substituindo o vale-transporte. Bruno expressou apoio à ideia, mas ressaltou que os cofres públicos do município não têm os recursos necessários, estimados em R$ 1 bilhão, para subsidiar as tarifas do transporte público.
“Eu apoio a iniciativa, porém é fundamental avaliar quem será responsável pelos custos. Salvador já investe mais de 200 milhões de reais no sistema atualmente e simplesmente não temos capacidade financeira para arcar com um bilhão adicional. Hoje, os custos operacionais do transporte público da cidade somam anualmente esse bilhão de reais. A prefeitura é obrigada a destinar 25% para a educação, no mínimo 15% para a saúde, além de cobrir despesas com folha de pagamento dos servidores. Não há um bilhão disponível nos cofres municipais para subsidiar o transporte público. Portanto, qualquer promessa de subsídio utilizando recursos da prefeitura seria enganosa, um desserviço à população”, afirmou.