Mercosul: carta cita decepção com União Europeia e omite Venezuela Previsão era de que o acordo comercial com União Europeia fosse assinado neste sábado (20/12) atualizado Compartilhar notícia O comunicado conjunto dos presidentes participantes da cúpula do Mercosul, realizada em Foz do Iguaçu (PR) neste sábado (20/12), revela a frustração dos chefes de Estado com a não assinatura do acordo comercial entre o bloco e a União Europeia.
O texto não menciona a Venezuela, país que vive uma escalada de tensão com os Estados Unidos e alvo de debates no encontro.
Os líderes do bloco sul-americano deixaram claro no texto que ficaram frustrados com o fracasso na tentativa de firmar o acordo comercial com a União Europeia.
🧠 Análise da Situação
Em novembro deste ano, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que preside o bloco neste semestre, mostrou otimismo para receber a presidente da Comissão Europeia, Urusula von der Leyen, para assinarem o acordo que é negociado há 26 anos.
“[Os líderes] expressam desapontamento com a não assinatura do Acordo de Parceria Mercosul-União Europeia, como previsto para a ocasião, por falta de consenso político sobre o Acordo nas instâncias comunitárias europeias”, diz trecho do comunicado.
Ainda no texto final da cúpula, os chefes de estado defenderam os termos do acordo como algo equilibrado para os parceiros.
📊 Fatos e Dados
“Salientaram que o texto do acordo é resultado de um equilíbrio cuidadosamente alcançado após 26 anos de negociações e que sua assinatura daria uma sinalização positiva ao mundo na atual conjuntura internacional, fortalecendo a integração entre os dois blocos.” A assinatura do acordo com a União Europeia foi adiada após forte resistência de alguns países do bloco, especialmente a França e a Itália.
Venezuela
A Venezuela foi um dos temas de destaque no encontro em Foz do Iguaçu (PR), no entanto, o país não foi mencionado no texto final.
A Venezuela vive uma escalada de tensão com os Estados Unidos.
💥 Como metropoles Afeta o Cotidiano
O presidente norte-americano, Donald Trump, já chegou a aventar a possibilidade de um ataque ao país sul-americano.
Nos discursos de abertura da cúpula do Mercosul, os presidentes do Brasil e da Argentina, respectivamente Lula e Javier Milei, protagonizaram divergências sobre a situação do país vizinho.
Lula criticou a presença militar dos norte-americanos no entorno da Venezuela e alertou que uma eventual intervenção armada representaria uma “catástrofe humanitária”para o hemisfério.
“Passadas mais de quatro décadas desde a Guerra das Malvinas, o continente sul-americano volta a ser assombrado pela presença militar de uma potência extrarregional.
Os limites do direito internacional estão sendo testados”, afirmou o presidente brasileiro durante a abertura da cúpula.
Ao usar a palavra, Milei chamou presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de “narcoterrorista” e classificou o regime venezuelano como uma “ditadura atroz e inumana”.
“A Argentina acolhe com satisfação a pressão dos Estados Unidos e de Donald Trump para libertar o povo venezuelano.
O tempo da timidez nesta questão já passou”, afirmou Milei.
Outros temas
O texto da cúpula passou ainda por vários outros temas.
Os líderes reforçaram compromisso com a “complementação das normativas de cada país destinadas a facilitar a integração fronteiriça” e com a integração dos mercados de biocombustíveis, por exemplo.
“[Presidentes] coincidiram, ainda, na importância de avançar na integração dos mercados de biocombustíveis e promover discussões sobre combustíveis sustentáveis de aviação (SAF), com vistas à convergência regulatória e à atuação coordenada em fóruns internacionais”, diz trecho do comunicado dos chefes de Estado.
Presidentes Participaram da cúpula os chefes de Estado: Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Javier Gerardo Milei (Argentina), Santiago Peña Palacios (Paraguai), Yamandú Orsi (Uruguai); e o ministro de Relações Exteriores Fernando Hugo Aramayo Carrasco (Bolívia).
Fonte: metropoles
21/12/2025 18:05











