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Exército de empresas chinesas menores começa a avançar pelo Brasil, após chegada de gigantes

8 de dezembro de 2025
in BAHIA, Brasil, Meio Ambiente
Home BAHIA
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O perfil dos investimentos chineses no Brasil mudou radicalmente nos últimos anos.

Há quase uma década, predominavam grandes fusões e aquisições, sobretudo em energia.

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Hoje, as transações são menores, mas elas acontecem em maior número e em mais setores, segundo estudo realizado pela butique de investimentos Araújo Fontes, especializada em fusões e aquisições (M&A), gestão de recursos e operações no mercado de capitais.

Em 2017, por exemplo, a State Grid comprou a CPFL Energia por R$ 14,2 bilhões.

No ano anterior, a China Three Gorges (CTG) havia levado os ativos da Duke Energy no País por R$ 3,1 bilhões.

Na mesma época, a China Merchants Ports Holding (CMPort) adquiriu 90% do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) por R$ 2,9 bilhões.

De 2022 para cá, porém, essa chegada em grande estilo tornou-se uma ocupação mais discreta, mas ainda assim, potente.

“As aquisições se pulverizaram e o número de projetos que chamamos de ‘greenfield’, aqueles que saem do zero, explodiram”, afirma Marcio Santiago, sócio responsável pela área de assessoria em fusões e aquisições em energia e infraestrutura na Araújo Fontes.

🌍 O Cenário Atual de estadao

Na prática, as fusões e aquisições caíram, enquanto o investimento em novos projetos aumentou.

Em 2021, praticamente metade dos recursos investidos no País ia para investimentos “greenfield”.

Em 2023, o total chegava a 90%.

Em grandes números, o levantamento do escritório mostrou que, entre 2007 e 2023, o Brasil recebeu US$ 73 bilhões em investimentos chineses, em 265 projetos confirmados.

Desse total, 45% dos recursos foram destinados à energia elétrica, 30% à extração de petróleo e o restante se dividiu entre produção industrial, mineração, infraestrutura, agricultura e outros.

Segundo o levantamento da Araújo Fontes ainda, os aportes chineses em todo o mundo foram de US$ 24,8 bilhões, em 2007, para o pico de US$ 170,1 bilhões, em 2016.

Os valores têm se mantido acima de US$ 110 bilhões anuais de lá para cá.

Mais de 60% dos investimentos totais são pulverizados entre diferentes países.

“Os chineses tinham uma concentração de seu portfólio de investimentos, sobretudo em títulos do tesouro americano, até meados da década passada”, afirma Santiago.

“Esse investimento financeiro ainda é bastante alto, mas eles passaram ativamente e, também por questões geopolíticas, a colocar recursos em produção em diversos países do mundo.” Do ponto de vista regional, entre 2008 e 2017, o Brasil foi o país que mais recebeu investimentos chineses, entre os latino-americanos.

“Em geral, os chineses vêm para o Brasil e, daqui, estabelecem um hub para a América Latina”, diz ele.

Após o soluço nos investimentos em 2020, por conta da pandemia, os valores voltaram a crescer no ano seguinte.

Foram US$ 5,9 bilhões aplicados no Brasil em 2021, sendo 85% para a extração de petróleo e gás.

O principal negócio, naquele ano, foi a aquisição do campo de Búzios, numa parceria entre Petrobras e as estatais chinesas CNODC e CNOOC, por US$ 2,9 bilhões.

O negócio renderia mais US$ 2 bilhões à Petrobras no ano seguinte.

Porém, a partir daí começou a haver uma pulverização inédita de setores investidos, bem como a expansão de compras menores.

Entre 2010 e 2014, o valor médio investido em cada projeto era de US$ 507 milhões.

De 2015 a 2019, o valor foi para US$ 313 milhões.

A partir de 2020 e até 2024, o volume cai novamente para US$ 112 milhões.

“A política externa e a política industrial chinesa são marcadas pela chegada com uma grande aquisição feita por uma estatal como, por exemplo, a State Grid em energia”, afirma ele.

“Na sequência, eles participam de investimentos menores, como leilões de transmissão, que precisam ser construídos e operados, e começa a chegar toda uma cadeia de valor por trás.” Saiba mais: Na prática, são outras empresas que se estabelecem no País, para trabalhar principalmente para as grandes corporações chinesas.

Como, por exemplo, as que serão responsáveis por projetos de engenharia, fornecimento de peças, equipamentos ou insumos, acompanhados por linhas de crédito também de bancos chineses.

Ele cita a compra da Concremat pela China Communications Construction Company (CCCC).

A empresa brasileira se tornou a plataforma de engenharia da gigante chinesa no Brasil e na América Latina, com a entrada em grandes obras como a ponte Salvador-Itaparica e ferrovias.

A CCCC adquiriu uma participação na portuguesa Mota-Engil que, recentemente, foi a vencedora do leilão do túnel Santos-Guarujá.

Outro caso foi a vitória dos chineses do CRRC, em sociedade com a Comporte, do leilão do TIC (Trem Intercidades) de SP a Campinas.

É o mesmo grupo que assumirá a operação da linha 7 do Metrô de São Paulo.

Na lógica da cadeia de produção associada a um grande investimento inicial e à priorização de investimentos “greenfield”, o CRRC está construindo uma fábrica de trens em Araraquara (SP).

Na análise dos números, também é possível perceber esse movimento.

Em 2021, 46% dos projetos investidos eram na área de energia elétrica.

Em 2023, 9% dos recursos foram usados na manufatura de produtos para essa área.

Softpower e política de Estado
Ao mesmo tempo em que há essa pulverização, é possível perceber como a atuação entre negócios é correlata.

De infraestrutura de exportação à mobilidade elétrica, todas conversam entre si.

“É uma política de Estado”, diz Santiago.

“Do mesmo modo que a produção de equipamentos elétricos atende às concessões de usinas e transmissoras, ela pode atender também aos carros, sempre com altíssima tecnologia.” Hoje, o Brasil já abriga 15 montadoras chinesas, sendo a maioria fabricantes de carros elétricos e híbridos.

A Great Wall Motors (GWM), por exemplo, ocupa a fábrica que foi da Mercedes-Benz, em Iracemápolis (SP).

Segundo Santiago, outro ponto importante do softpower chinês é serem reconhecidos como promotores da transição energética.

Outro aspecto por trás do movimento das aquisições chinesas é a disputa geopolítica com os EUA.

Além do tarifaço imposto por Donald Trump ter prejudicado as próprias empresas americanas presentes no Brasil, houve movimentos particularmente simbólicos no avanço chinês no País.

📊 Informação Complementar

Entre elas, a compra da fábrica que pertenceu à Ford, em Camaçari, pela BYD, bem como a aquisição das operações da Duke Energy pela CTG.

Santiago, que esteve envolvido em cerca de uma dúzia de negócios que envolveram a China no Brasil, diz que, ao contrário de multinacionais de outros países, as corporações chinesas têm, por enquanto, a política de reinvestir dividendos na operação local, em vez de remetê-los para a matriz.

Apesar de não haver dados públicos sobre essas remessas intercompany, elas podem ser um outro indicativo da redução dos valores investidos como capital externo: reinvestimento dos lucros obtidos por aqui.

“Faz parte do softpower chinês ser um competidor relevante para poder se sentar na mesa de negociação, na hora da tomada de decisão de políticas públicas”, afirma.

“Para isso, é preciso tamanho e reinvestimento.”
Isso tem impacto também para o futuro.

No momento em que a crise do curtailment (o corte compulsório da geralção de energia elétrica) faz com que empresas de outros países revejam seus investimentos no Brasil, por pressão do mercado, é a hora em que a China entra comprando e avançando.

“O Estado chinês olha 50 anos para frente”, afirma.

Por isso, é esperada a presença de chineses no leilão de baterias, que deverá ser promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda este mês.

Também nos projetos de hidrogênio verde.


Fonte: estadao

08/12/2025 07:07

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