A taxa de juros referente ao crédito rotativo do cartão de crédito continuou sua tendência de alta em abril, atingindo 423,5% ao ano, conforme anunciado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 27, juntamente com as Estatísticas Monetárias e de Crédito.
O crédito rotativo é uma opção disponibilizada aos clientes que não conseguem quitar o valor total da fatura. É considerada a modalidade de crédito mais onerosa do país, ultrapassando tanto o cheque especial quanto o crédito parcelado. Este último é uma alternativa para aqueles que não podem arcar com o pagamento integral da fatura do cartão de crédito e optam por parcelar o montante devido. Em abril, a taxa média de juros para essa modalidade foi de 182% ao ano. Enquanto isso, o cheque especial se posicionou como a terceira opção de crédito com as taxas de juros mais elevadas, registrando uma média de 129,9% ao ano no mesmo período.
Apesar dos índices significativos de juros do crédito rotativo do cartão de crédito, o Banco Central destaca que, desde janeiro deste ano, os encargos financeiros sobre o saldo devedor não pago estão limitados a 100% do valor original da dívida. Em outras palavras, se um indivíduo deixou de pagar R$ 100,00, o total devido, incluindo juros e outras despesas relacionadas ao rotativo ou ao parcelamento, não pode exceder R$ 200,00.
Quanto à concessão de crédito, o relatório do Banco Central indica que o crédito destinado às famílias atingiu R$ 3,9 trilhões (equivalente a 35,3% do PIB), refletindo um aumento de 0,8% no mês e de 10,8% em relação ao período de 12 meses. Considerando tanto pessoas físicas quanto jurídicas, excluindo o setor financeiro, o saldo total de crédito ampliado alcançou R$ 16,7 trilhões (equivalente a 150,7% do PIB), registrando um incremento de 0,9% no mês em análise.