Apoiadores de Bolsonaro fazem ato por anistia na Esplanada: ‘Não vamos baixar a cabeça’ Manifestação pede perdão ao ex-presidente e aos condenados por tentativa de golpe de Estado Brasília|Do Estadão Conteúdo Um grupo grande de apoiadores de Jair Bolsonaro realizou, na tarde desta terça-feira (7), uma manifestação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pela anistia ao ex-presidente e aos condenados por tentativa de golpe de Estado.
Batizada de “Caminhada pela Anistia”, a mobilização seguiu em direção ao Congresso Nacional.
Logo no começo do ato, um dos apresentadores reconheceu a baixa adesão.
“Nós sabemos que é uma terça-feira.
A gente não teve a intenção de trazer milhares de pessoas.
🌍 O Cenário Atual de r7
Nós quisemos mandar uma mensagem através dos olhos do brasiliense”, declarou do alto de um carro de som.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, discursou entre os primeiros.
“Não tem sido fácil.
Assim como ele (Bolsonaro) não baixou a cabeça, nós não vamos baixar a nossa cabeça.
Vocês, além de testemunhas, são atores ativos em mais um ato pela anistia para que o Congresso ouça a nossa voz, veja as cores que nós carregamos”, afirmou.
Projeto para redução de penas Mesmo com discussões em torno de um projeto que prevê redução de penas, sem anistia total, Flávio Bolsonaro garantiu aos participantes que o texto do perdão integral está próximo da votação.
“Nós estamos a um passo de conseguir aprovar essa anistia”, declarou.
Parlamentares alinhados ao ex-presidente rejeitaram a proposta de dosimetria para diminuição das penas.
“Nós não queremos qualquer coisa.
Não queremos qualquer um.
Nós queremos Bolsonaro.
Nós não queremos dosimetria.
Nós não queremos redução de pena.
📊 Informação Complementar
No Brasil já teve muitas anistias”, afirmou a deputada Bia Kicis (PL-DF).
Entre os apoiadores estava o pastor Silas Malafaia, investigado pela Polícia Federal em inquérito no Supremo Tribunal Federal por coação durante o processo que resultou na condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe.
Em vídeo divulgado antes do ato, Malafaia ironizou manifestações da esquerda realizadas em setembro, contrárias à anistia e à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, aprovada na Câmara com apoio de bolsonaristas, mas arquivada no Senado.
O pastor criticou o envolvimento de artistas e declarou: “Os artistas são as famílias das pessoas injustiçadas”.
No mesmo vídeo, o senador Flávio Bolsonaro convocou apoiadores para a passeata.
“Agora é a reta final.
A anistia vai ser votada na Câmara e os deputados precisam ver a nossa força e nossa voz”, disse.
Escolha proposital por evento menor
O movimento foi apresentado como ato de menor porte, sem intenção de competir com os protestos recentes da esquerda.
A escolha de um dia útil reforça a previsão de público reduzido.
Malafaia afirmou que não houve tempo para organizar uma manifestação maior em um domingo, como costuma ocorrer.
Os organizadores se apoiam no precedente de uma passeata semelhante, realizada no início do ano, que reuniu número expressivo de simpatizantes também em dia útil.
Enquanto isso, cresce no Congresso uma proposta alternativa à anistia ampla.
O texto em discussão, relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), sugere redução de penas em vez de perdão.
Nesse cenário, Bolsonaro continuaria preso, mas por período menor.
Em meio a novos reveses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva superou uma tentativa de bloqueio articulada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo influenciador Paulo Figueiredo, e manteve encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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Fonte: r7
07/10/2025 23:06











