Dólar cai e Bolsa sobe com dados globais e possível reunião Lula-Trump
Às 11h25, moeda americana caía 0,36%, cotada a R$ 5,31.
Já o Ibovespa subia 0,82%, aos 146.646 pontos, depois de bater novo recorde atualizado Compartilhar notícia A cotação do dólar, que abriu estável, passou a oscilar para baixo ao longo da manhã desta segunda-feira (29/9).
Às 11h25, ela registrava queda de 0,36%, a R$ 5,31.
Já o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), abriu em disparada.
🔄 Atualizações Recentes
No mesmo horário, ele subia 0,82%, aos 146.646 pontos.
O indicador, no entanto, chegou a 147.558 pontos no início do pregão, batendo um novo recorde histórico.
Na avaliação de João Vitor Saccardo, responsável pela mesa de renda variável da Convexa, os mercados seguem de bom humor, ainda sob efeito da divulgação do índice de preços de gastos com o consumidor (PCE, na sigla em inglês), na sexta-feira (26/9).
De acordo com o Escritório de Análise Econômica (BEA, na sigla em inglês), uma agência do Departamento de Comércio americano, o núcleo do PCE, que desconsidera as variações mais voláteis de alimentos e energia, subiu 0,2% em agosto, depois de elevação de 0,3% em julho.
🧠 Análise da Situação
O número veio dentro da expectativa do mercado.
Note-se que o PCE é um dos principais índices observados pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para calibrar as decisões sobre política monetária.
Com os números, voltou a ganhar força a expectativa de novos cortes da taxa de juros americana.
“Alguns dos principais índices das Bolsas de Nova York também estão subindo, o que impulsiona o Ibovespa”, diz Saccardo.
Às 11 horas, em Wall Street, o S&P 500 avançava 0,43% e o Nasdaq, que concentra as ações de empresas de tecnologia, subia 0,81%.
Já o Dow Jones recuava 0,11%.
Boletim Focus No Brasil, na manhã desta segunda-feira, os investidores também acompanharam a divulgação do Boletim Focus, a pesquisa semanal realizada pelo Banco Central (BC) com economistas do mercado.
Ela mostrou que houve queda da estimativa para a inflação em 2025, que passou de 4,83% para 4,81%, e para 2026, que foi de 4,29% para 4,28%.
Baixas também marcaram as projeções para o câmbio.
Para 2025, a previsão para o dólar caiu de R$ 5,50 para R$ 5,48.
Para 2026, foi de R$ 5,60 para R$ 5,58.
O ano de 2027 concentrou a maior revisão: de R$ 5,60 para R$ 5,56.
Para 2028, no entanto, houve alta de R$ 5,54 para R$ 5,56.
Reunião Lula-Trump
A semana também começa com a expectativa de realização da reunião entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump.
A possível conversa, centrada no tarifaço imposto pelo governo americano, havia sido cogitada na semana passada, depois de um encontro casual entre os dois líderes na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
Vetor dos mercados A semana, contudo, será marcada pela divulgação de diversos indicadores sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos, cujas variações devem continuar guiando o comportamento dos mercados de câmbio e ações tanto no Brasil como no exterior.
📊 Informação Complementar
Análise feita pelo Banco Daycoval destaca a expectativa em torno de informações sobre a abertura de vagas (do relatório “Jolts”) em agosto, que é de 7,1 milhões com desaceleração em relação ao mês anterior.
Além disso, o “payroll” de setembro, considerado o dado mais importante sobre o mercado de trabalho americano, deve indicar a criação de 50 mil vagas, patamar superior ao observado em agosto.
A previsão é que a taxa de desemprego permaneça em 4,3% e os ganhos reais com remuneração cresçam 0,3%.
Dados no Brasil
No Brasil, nesta segunda-feira, serão publicados os dados de crédito do Banco Central, que devem mostrar uma desaceleração no crescimento da carteira em agosto, principalmente nos segmentos voltados às famílias.
Também serão divulgadas as informações sobre empregos formais do CAGED, para o qual a estimativa do Daycoval é de criação líquida de cerca de 198 mil vagas.
Na terça-feira, o IBGE divulgará a PNAD Contínua de agosto, com estimativa de redução da taxa de desemprego de 5,7% para 5,6%, reforçando a resiliência do mercado de trabalho no país.
Por fim, na sexta-feira será conhecido o resultado da Produção Industrial de agosto (PIM), para o qual o banco projeta alta de 0,6% na margem e queda de 0,7% na comparação anual, em linha com a expectativa da atividade industrial mais fraca em 2025, com relação a 2024.
Fonte: metropoles
29/09/2025 12:13