O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com uma ação contra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), solicitando uma compensação de R$ 50 mil por danos morais, bem como retratação nas redes sociais. A alegação é de que Boulos o associou à morte da vereadora Marielle Franco, ocorrida em 2018.
Os advogados de Bolsonaro argumentam que Boulos, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, o acusou repetidamente, em diversas manifestações públicas na internet e na mídia, de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco.
O processo está em andamento no Juizado Especial Cível do Distrito Federal, e uma audiência de conciliação está agendada para 19 de julho. Se não houver acordo, o processo seguirá seu curso.
Em resposta, a equipe de Boulos afirmou que ele apenas demandou investigações sobre os vínculos entre os envolvidos no caso Marielle e o bolsonarismo, citando fatos públicos amplamente divulgados pela imprensa. A nota reforça que Boulos nunca acusou Bolsonaro de participar do crime, apenas apresentou informações de domínio público. Alega-se também que Bolsonaro está usando Boulos para favorecer seu aliado, Ricardo Nunes.
Os advogados de Bolsonaro citam diversas publicações de Boulos em redes sociais como o antigo Twitter e TikTok, assim como discursos e entrevistas. Uma das menções específicas a Bolsonaro foi feita em uma entrevista à Folha de S.Paulo em 2018, na qual Boulos afirmou que o então candidato à presidência havia se mantido em silêncio sobre o atentado contra a vereadora.
A equipe jurídica de Bolsonaro alega que Boulos prejudicou a campanha do ex-presidente nas eleições de 2022 devido à propagação de informações enganosas pela mídia.