“Enquanto o Hamas pede aos moradores que não se desloquem para sul, os seus agentes temem pelas suas vidas e procuram deixar a Faixa de Gaza”, disse o GOCAT, braço armado israelita que gere os assuntos civis em território palestiniano ocupado, na rede social X, citado pela EFE.
Na mesma declaração, o chefe deste ramo das forças israelitas, Ghassan Alian, definiu como “hipócrita” a atitude de “altos funcionários da Cidade de Gaza e da organização terrorista Hamas” e disse que Anwar Atallah, um dos oficiais do movimento de resistência islâmica, terá conseguido “aprovação do poder militar” para fugir com a sua família pela Jordânia e ido para um terceiro país que não é ainda conhecido.
Na mesma nota, o exército israelita afirma ter recebido pedidos do ministro do governo do Hamas Mohamed al-Madhoun para sair de Gaza e também da família de Ismail Ashqar, um dos chefes militares do Hamas, tendo estes pedidos sido negados.
📊 Fatos e Dados
Israel acusa agora o Hamas de estar a impedir a saída de civis do norte da Faixa de Gaza para o sul, usando os residentes como “escudo humano”, uma vez que o exército israelita deu ordem para que os civis saiam todos daquele território.
No entanto, os residentes entrevistados pela agência EFE não confirmam estas acusações feitas por Israel, dizendo que não têm recursos financeiros para sair daquela zona, nem têm onde ficar caso se desloquem para sul da Faixa de Gaza.
Segundo dados de quinta-feira, fornecidos pelas equipas de resgate da Defesa Civil de Gaza, pelo menos 53.000 palestinianos perderam a casa ou tenda onde se refugiavam na cidade de Gaza em menos de uma semana.
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A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque liderado pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala no enclave palestiniano, que provocou acima de 64 mil mortos, na maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades locais controladas pelo grupo islamita, destruiu a quase totalidade das infraestruturas do território e provocou um desastre humanitário sem precedentes na região.
Relatores de direitos humanos da ONU, organizações internacionais e um número crescente de países qualificam como genocídio a ofensiva militar israelita contra a Faixa de Gaza desde os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023.
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Fonte: noticiasaominuto
14/09/2025 15:17