Israel vencerá a guerra em Gaza, “com ou sem o apoio de outros países”, afirma Netanyahu Declaração foi dada durante uma coletiva de imprensa em Jerusalém O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou neste domingo, 10, que seu “objetivo não é ocupar Gaza”.
A declaração foi dada durante uma coletiva de imprensa em Jerusalém.
"Quando os terroristas entregarem as armas, Gaza será desmilitarizada, zonas de segurança serão instaladas nas fronteiras de Israel e uma administração civil será estabelecida", afirmou.
Segundo ele, a operação ocorrerá "em um prazo relativamente curto".
🔍 Detalhes Importantes
Netanyahu também declarou que o novo plano israelense para Gaza é "a melhor maneira de terminar a guerra".
"O Hamas ainda tem milhares de terroristas em Gaza.
Os habitantes de Gaza nos pedem para serem libertados do Hamas", acrescentou o primeiro-ministro.
Ele também afirmou que não "quer uma guerra sem fim" e Israel vencerá o conflito "com ou sem a ajuda de outros países".
📌 Pontos Principais
"Temos cerca de 70 a 75% de Gaza sob controle militar israelense", declarou.
"Mas ainda restam dois redutos: a cidade de Gaza e os campos" no centro da Faixa de Gaza.
📊 Informação Complementar
"Não temos outra escolha."
"Uma zona de segurança será estabelecida na fronteira de Gaza com Israel para impedir futuras incursões terroristas.
Uma administração civil será implantada em Gaza, buscando viver em paz com Israel.
Esse é o nosso plano para o pós-Hamas", reiterou o primeiro-ministro.
Segundo o premiê, Israel abrirá "corredores protegidos" e novos pontos de distribuição de ajuda humanitária no território, além de manter os lançamentos de suprimentos.
Netanyahu também criticou a ONU e acusou a organização de se recusar a distribuir a ajuda contida em dezenas de caminhões autorizados a entrar em Gaza.
“Tivemos toneladas de alimentos não recolhidos que apodreceram do lado de Gaza da fronteira porque a ONU relutou em distribuí-los”, declarou, afirmando que o novo dispositivo permitirá contornar essa situação.
“Buscamos limitar as vítimas civis” O primeiro-ministro israelense também justificou a proibição imposta aos jornalistas de entrarem na Faixa de Gaza, alegando que essas restrições se devem à impossibilidade de garantir sua segurança.
Ele afirmou ainda ter instruído o Exército israelense, nos últimos dias, a receber mais jornalistas estrangeiros, embora esses profissionais não tenham sido autorizados a entrar no enclave palestino fora dos destacamentos militares.
"Tudo o que fazemos é perseguir os terroristas, não matar civis.
Buscamos limitar as vítimas civis", defendeu-se Netanyahu, enquanto o número de mortos na guerra já ultrapassa 61 mil, segundo o Ministério da Saúde local.
Netanyahu realizará uma segunda coletiva de imprensa em Jerusalém neste domingo, às 20h no horário local.
Ele se dirigirá à imprensa israelense, conforme comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro e repercutido pelo site The Times of Israel.
Plano gera indignação internacional O gabinete de segurança de Netanyahu aprovou, na sexta-feira (8), um plano para tomar o controle da cidade de Gaza, o que gerou uma onda de condenações internacionais e locais.
De acordo com o plano, o Exército "se prepara para tomar o controle da cidade de Gaza", destruída no norte do território, "ao mesmo tempo em que distribui ajuda humanitária à população civil fora das zonas de combate".
A comunidade internacional, incluindo aliados de Israel, tem pressionado por um cessar-fogo para garantir a devolução dos reféns e aliviar a crise humanitária na Faixa de Gaza.
Apesar disso, Netanyahu mantém sua posição.
"Não vamos ocupar Gaza, vamos libertar Gaza do Hamas", publicou nas redes sociais na noite de sexta-feira (8).
O Hamas, que mantém 49 reféns, 27 deles provavelmente mortos, afirmou que a decisão israelense de ocupar a cidade de Gaza representa o "sacrifício" desses reféns, sequestrados durante o ataque sem precedentes do grupo palestino contra Israel, em 7 de outubro de 2023.
As famílias dos reféns e ativistas israelenses favoráveis à paz com os palestinos exigem um cessar-fogo com o Hamas para garantir a libertação dos últimos prisioneiros.
Netanyahu tem enfrentado inúmeros protestos ao longo dos 22 meses de guerra, frequentemente com manifestantes pedindo ao governo que negocie um acordo para permitir a troca de reféns por prisioneiros palestinos.
Reunião do Conselho de Segurança
O Conselho de Segurança da ONU realizará neste domingo uma reunião de emergência para discutir o plano de Israel de tomar o controle de Gaza.
A reunião foi solicitada por membros do Conselho, segundo um de seus integrantes.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou estar “muito alarmado” com a decisão de Israel e alertou que ela representa uma “escalada perigosa”, podendo “agravar as já catastróficas consequências para milhões de palestinos e colocar em risco mais vidas, incluindo a dos reféns restantes”.
Fonte: terra
10/08/2025 18:29