Guerra dos gênios: o que você faria com um salário de 100 milhões por ano?
Mark Zuckerberg está recrutando os melhores do mercado – e isso cria uma situação sem precedentes em matéria de remuneração O mundo da alta tecnologia precisa de duas coisas: gênios e energia elétrica.
São a matéria prima para a “superinteligência”, uma evolução da inteligência artificial capaz de emular em tudo e até superar o cérebro humano.
As duas coisas custam caro e não são encontradas em qualquer lugar, mas o dinheiro faz milagres.
🧠 Análise da Situação
Mark Zuckerberg, por exemplo, está abrindo os cofres, com pacotes de até 250 milhões de dólares por quatro anos, sendo 100 milhões no primeiro ano.
Dá para imaginar o que fazer com um “salário” desse tamanho?
Pois ele já ouviu recusas.
Todos os que receberam propostas desse tipo no Thinking Machines Lab não aceitaram.
🌍 Contexto e Relevância
O Thinking Machines é um projeto de Mira Murati, engenheira nascida na Albânia que já trabalhou na Tesla e na OpenAI.
Ela deve ser muito boa para cultivar a lealdade das equipes pois teve gente da sua turma que recebeu proposta de até 1 bilhão de dólares num pacote plurianual.
Outros, obviamente, não resistiram.
O New York Times relata o caso de Matt Deitke, de 24 anos, que não queria largar sua startup.
Zuckerberg mais do que dobrou a proposta inicial e colocou na mesa 250 milhões de dólares, por quatro anos.
Como no mundo do futebol americano ou do basquete, surgiu a figura do recrutador, que em certos casos consegue levar equipes inteiras, geralmente formadas por americanos, indianos, chineses e um punhado de outras nacionalidades que dominam o mercado da superinteligência humana.
Zuckerberg está investindo 14,3 bilhões de dólares num novo laboratório de pesquisas de superinteligência.
Colocou no comando Alexandr Wang, a pessoa mais jovem do mundo a se tornar bilionária por esforço próprio – aos 24 anos.
Mas, segundo as fofocas, os convites milionários recusados são relacionados a críticas a seu “estilo”.
Segundo o Times, existem dúvidas sobre a viabilidade da superinteligência, ou a máquina que é mais poderosa do que o cérebro humano.
Mas alguns acreditam que é questão de poucos anos.
CLIENTES E PATRONOS
Zuckerberg já tem um laboratório de inteligência artificial, mas “é ambicioso e se preocupa em ser ficar para trás dos outros gigantes” do ramo.
Ele também tem que provar a viabilidade do projeto para os talentos que tenta recrutar.
Dinheiro não falta: a Meta levou no segundo semestre 47,5 bilhões de dólares, um aumento de 22%.
Ele diz que quer colocar o poder da superinteligência nas mãos de todas as pessoas para que possam “direcioná-la para o que valorizam em suas vidas”.
E, claro, ficar no topo do mundo.
A alta tecnologia atrai os maiores gênios do mundo de maneira parecida como a Roma renascentista congregou Michelangelo, Leonardo da Vinci, Rafael, Donatello e Botticelli – inclusive com a mesma disputa por clientes e patronos.
As máquinas que realizam os programas das inteligências humanas consomem incríveis quantidades de energia elétrica e essa é outra frente onde se trava o combate do futuro.
Dos dez maiores data centers do mundo, três são chineses e sete são americanos.
Há previsões de que a demanda desses centros de dados vai mais do que dobrar até 2030, chegando a vertiginosos 945 terawatts-hora.
📊 Informação Complementar
O governo Trump anunciou na semana passada um plano de ação concernente à inteligência artificial, baseado em três pilares: inovação, infraestrutura e influência global.
Todos os gigantes tecnológicos querem acesso a energia nuclear para suas instalações.
É um mundo que ignorado apenas pelos que querem ficar para trás.
Os mais brilhantes entre os que pensam para a frente já estão ganhando 100 milhões de dólares por ano.
Fonte: veja
01/08/2025 13:19