Banco Central interrompe ciclo de alta dos juros e mantém Selic em 15% ao ano Após 10 meses subindo juros, diretores do Copom optaram de forma unânime por encerrar ciclo; Selic está no maior nível desde 2006 Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília RESUMO DA NOTÍCIA Produzido pela Ri7a – a Inteligência Artificial do R7 O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu de forma unânime nesta quarta-feira (30) manter a taxa básica de juros em 15% ao ano.
Com a decisão, o BC interrompe o ciclo de sete altas consecutivas iniciado em setembro de 2024.
A expectativa predominante entre analistas financeiros indicava estabilidade no patamar atual — o maior desde 2006.
💥 Impacto e Consequências
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A nova taxa valerá ao menos pelos próximos 45 dias, quando os diretores do BC voltam a se reunir para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.
Na reunião anterior, o comitê já havia demonstrado inclinação para pausar o aperto monetário, reforçando, contudo, o compromisso com a estabilidade dos preços.
Os diretores destacaram a necessidade de manter uma política monetária “significativamente contracionista por período prolongado”, diante da resiliência da inflação, da atividade econômica aquecida, de pressões sobre salários e de expectativas desancoradas.
📊 Fatos e Dados
O que é a Selic?
A Selic é o principal instrumento de controle do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Juros mais altos encarecem o crédito, desestimulam a produção e o consumo, e podem frear o crescimento econômico.
🌍 Contexto e Relevância
Na prática, quando a taxa sobe, os juros cobrados em financiamentos, empréstimos e cartões de crédito aumentam, desestimulando o consumo e contribui para a redução da inflação.
Superquarta no Brasil e nos EUA O anúncio desta quarta-feira ocorre durante a chamada “superquarta” — quando decisões sobre juros são divulgadas simultaneamente por autoridades monetárias do Brasil e dos Estados Unidos.
O Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) manteve sua taxa no intervalo entre 4,25% e 4,5%.
No final de 2024, em resposta à valorização do dólar e ao avanço inflacionário, o Banco Central brasileiro intensificou os ajustes na Selic com o objetivo de conter o consumo e pressionar os preços para baixo.
Histórico
Entre agosto de 2022 e junho de 2023, a Selic permaneceu em 13,75% ao ano.
Em seguida, ocorreram seis cortes consecutivos de 0,5 ponto percentual e outro de 0,25, reduzindo a taxa para 10,5% em maio de 2024.
Esse patamar vigorou até setembro do mesmo ano, quando o Copom iniciou uma nova série de elevações, levando os juros para 10,75%.
Desde então, houve sete aumentos sucessivos, até atingir os atuais 15% — o nível mais elevado desde 2006.
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Fonte: r7
30/07/2025 18:55