Brasil volta a deixar o Mapa da Fome da ONU após três anos O País está abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU em 2025, atingindo menos de 2,5% da população em risco de subnutrição, com destaque para políticas públicas que reduziram a insegurança alimentar e a pobreza.
O Brasil não faz mais parte do chamado Mapa da Fome pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) após quatro anos.
A informação foi compartilhada nesta segunda-feira, 28, em um evento na Etiópia.
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📌 Pontos Principais
Inscreva-se no canal do Terra Segundo explicado pelo governo brasileiro, sair do mapa da fome significa que o País está abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente.
O resultado refere-se ao triênio de 2022 a 2024.
📊 Informação Complementar
O Brasil tem o percentual de 13,5% da população com prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave.
É a menor taxa da América Latina.
📊 Fatos e Dados
Na América como um todo, o País fica atrás apenas de Estados Unidos e Canadá, com percentuais de 10,3% e 10,2%, respectivamente.
Em uma publicação nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou a notícia.
"Minhas amigas e meus amigos.
É com grande orgulho e imensa alegria que informo: O Brasil está fora do mapa da fome, mais uma vez.
O anúncio foi feito hoje (28) pela FAO/ONU.
Isso significa que reduzimos a insegurança alimentar grave e a subnutrição para menos de 2,5% da população.
Uma conquista histórica que mostra que com políticas públicas sérias e compromisso com o povo, é possível combater a fome e construir um país mais justo e solidário", escreveu.
A situação da fome no mundo é monitorada pela ONU desde 1999, sendo esta a segunda vez que o Brasil deixa o Mapa da Fome.
A primeira foi em 2014, durante o primeiro mandato da gestão de Dilma Rousseff, também do PT.
"Em dois anos de governo, o Brasil teve reduções históricas da insegurança alimentar grave e da pobreza.
Os números nacionais da fome, captados por meio da aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) nas pesquisas do IBGE, mostraram que, até o final de 2023, o país retirou cerca de 24 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave”, afirma nota do governo federal sobre a notícia.
Como é feito o cálculo do Mapa da Fome?
O indicador Prevalência de Subnutrição (Prevalence of undernourishment – PoU) é o utilizado na construção do Mapa da Fome.
Ele é calculado a partir de três variáveis: – quantidade de alimentos disponíveis no país, considerando produção interna, importação e exportação; – o consumo de alimentos pela população, considerando as diferenças de capacidade de aquisição (a renda); – a quantidade adequada de calorias/dia, definida para um “indivíduo médio” representativo da população.
Estimada a quantidade total de alimentos disponíveis no país, calcula-se como ela se distribuiria entre a população, considerando que essa distribuição não é igualitária, mas varia de acordo com a renda que os indivíduos têm para adquirir alimentos (os mais pobres, por exemplo, têm menor capacidade aquisitiva).
Por fim, calcula-se, dada essa distribuição, o percentual da população que não teria acesso a alimentos em quantidade suficientes (kcal/dias) para uma vida saudável.
Se esse percentual ficar acima de 2,5%, o país está no Mapa da Fome.
O Relatório da FAO divulga esse indicador sempre na forma de médias trienais (três anos).
No caso do Brasil, a média 2022/2023/2024 do PoU ficou abaixo de 2,5%, mesmo com o ano crítico de 2022.
Por isso, o Brasil agora em 2025 saiu do Mapa da Fome.
Fonte: terra
28/07/2025 17:20