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Taís Araujo: ‘Passei por muitos momentos difíceis em que achava que era o fim’

28 de julho de 2025
in Brasil, ENTRETENIMENTO
Home Brasil
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“Passei por muitos momentos difíceis em que achava que era o fim”, diz Taís Araujo sobre carreira na TV A atriz fala de trabalho, filhos, futuro do país e a importância de observar o tempo e perceber o que é possível fazer com ele “Sempre alerta, eu?

Acho que não…

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Ou será que estou alerta e nem percebo?”, questiona Taís Araujo no meio de nossa conversa.

A palavra “atriz” é pouco para defini-la: formada em jornalismo, ela tem se desafiado também como apresentadora nos últimos anos.

Já foi premiada na TV e no cinema e tem diversos projetos no teatro.

Quer mais?

Em 2017, foi nomeada Defensora dos Direitos das Mulheres Negras pela ONU Mulheres Brasil, entidade das Nações Unidas para a igualdade de gênero e empoderamento.

Uma das 100 personalidades afrodescendentes mais influentes no mundo, ainda é head de produtos sociais para a organização Gerando Falcões, que visa promover o ativismo social na luta pela igualdade de direitos.

Tudo isso criando dois filhos, curtindo o casamento com Lázaro Ramos e sob os holofotes da mídia o tempo todo.

Só nas redes sociais, ela soma mais de 20 milhões de seguidores.

E, apesar de tudo, consegue conservar a intimidade da família, assistir a shows, aproveitar jantares e fazer viagens a lazer.

Mas como Taís dá conta de tanto?

“Eu me observo”, ela fala com um jeitinho de quem está sempre alerta, sim, mas sabe muito bem viver — ou “só viver”, como ela diz — e ver a hora de parar.

Taís, você é jornalista, atriz e apresenta programas.

Como concilia essas carreiras?

Bom, elas correm em paralelo, né?

Mas adoro ser apresentadora porque é um superdesafio para mim.

É um lugar muito novo.

Eu apresentava o Popstar, domingo, meio-dia, ao vivo e pensava ‘meu Deus do céu, que maluquice fazer isso!’.

Mas ninguém nasceu sabendo e tive de entender que ia aprender na frente do público.

Se parar para pensar, sempre foi assim na minha carreira: comecei a trabalhar como atriz aos 17 anos, muito jovem, sem nenhuma experiência.

Então fui aprendendo na prática, diante de muita exposição.

► Confira outras entrevistas especiais da revista Velvet
E esse começo na TV foi de cara como protagonista.

Você sentiu a pressão de ser a primeira atriz negra com tanto destaque?

Antes eu não queria olhar para isso com o tamanho que tinha.

Foi uma maneira de me proteger para seguir.

Hoje em dia, aceito que é uma responsabilidade.

É importante ter alguém nesse lugar porque eu não tive uma mulher negra da minha idade ali como referência.

As que vieram antes de mim pavimentaram um caminho, mas eram muito mais experientes do que eu.

Hoje, há muitas outras mulheres negras bem mais jovens do que eu era atuando no mercado.

Ter um exemplo é fundamental para saber para onde a gente quer ir.

Não é seguir, nem copiar o caminho do outro: é se sentir possível
E como você lidou com as críticas que vieram nesses momentos?

Muito mal (risos).

São mais de 30 anos de carreira.

Passei por muitos momentos difíceis em que eu achava que era o fim.

Mas vejo que tudo foi fundamental para minha construção.

É o erro que vai fazer a gente aprender e se aprimorar.

As críticas que recebi foram importantes para me reconstruir a partir da artista que eu já era.

E até hoje fico me provocando: que tipo de artista quero ser em um país como o meu?

Conta para a gente: o que te atraiu na série Aruanas, da Globo?

O tema.

É muito relevante a importância da Amazônia e discutir o que a gente vai fazer com ela.

Precisamos preservar.

Temos que entender que uma árvore em pé tem muito mais valor do que uma no chão.

Tem a ver com a nossa continuidade e qualidade de vida.

Medida Provisória (2022) foi um sucesso de crítica e de público.

Como foi esse projeto no cinema?

Foi um filme que eu acompanhei desde o início.

Era só uma peça chamada “Namíbia, Não!”, dirigida pelo Lázaro.

Vi todo o processo de virar cinema, a construção do roteiro…

Ver o público indo e gostando…

ai, é muito lindo!

É recompensador fazer um trabalho sobre um tema que eu acredito que deva ser debatido.

É uma discussão que precisa ser estudada e aprofundada na sociedade brasileira.

E fizemos um filme sobre isso que não é só entretenimento, mas também provoca reflexão.

É a grande vitória desse trabalho.

As críticas que recebi foram importantes para me reconstruir a partir da artista que eu já era.

E até hoje fico me provocando: que tipo de artista quero ser em um país como o meu?

Você tem 13 milhões de seguidores no Instagram, é Top Voice no LinkedIn com 3 milhões de seguidores…

quais diálogos busca promover com esse público?

Uso a internet para mostrar como sou, mas com muitos recortes.

Por exemplo, não mostro meus filhos.

Não mostro minha família, nem nada muito íntimo.

Falo basicamente de trabalho e das provocações que eu gosto de trazer para a sociedade.

Faço minhas redes com a ajuda de duas profissionais, também negras, e avaliamos o que consideramos importante, o que será discutido e se vamos ficar quietas sobre algum tema também.

Não tem muita regra, é seguir nosso sentimento, de maneira artesanal.

Você já falou sobre as pequenas e valiosas ações que mudam o mundo.

O que tenta fazer para transformar o planeta em um lugar melhor?

Eu tento fazer isso em atitudes diárias.

Depois que tive filho, passei a prestar atenção em tudo, mesmo em coisas mais simples do dia a dia.

É até entender que, se uma pessoa responde mal, isso não tem a ver com você e, sim, com ela.

Evito criar conflito.

Trabalhar com a Gerando Falcões é um jeito de devolver para o meu país o que me foi dado por todos esses anos.

Praticar a empatia, ficar alerta com ações, com a necessidade das pessoas que são diferentes de mim.

E respeitar isso.

Como é olhar para trás e ver o caminho que você trilhou, apesar dos desafios de ser uma adolescente negra na TV dos anos 90?

O que a Taís de hoje diria para a Taís de 1996?

Engraçada essa pergunta.

Comecei a trabalhar como modelo aos 13 anos.

Hoje, quando olho para trás, muito do que passei me salta aos olhos como inadmissível.

Eu fico pensando que eram coisas muito naturalizadas na época, mas não devemos tratar como normais hoje mesmo.

Eu diria: “Siga.

Quando você achar que não dá, respira e siga”.

E outra coisa: “Confia na sua mãe.

📊 Informação Complementar

Você tem uma mãe muito incrível que está totalmente alerta.

Vai no feeling dela”.

Até pouco tempo atrás, as publicações defendiam que negros na capa não vendiam revista, caminho desbravado no Brasil por você e pelo seu sucesso.

O que ainda precisa ser superado no racismo midiático?

Essa é uma pergunta muito boa.

Tenho certeza de que o audiovisual, a publicidade, o jornalismo e as novelas contribuíram muito para a imagem que o público brasileiro tem sobre a população negra.

Faço uma campanha para que eles repensem suas narrativas porque têm responsabilidade nessa mudança.

Muita gente já está fazendo isso e deve continuar.

Foram tantos anos para construir essa imagem que reconstruir vai dar trabalho.

Como é lidar com a responsabilidade de ser a defensora global da ONU dos Direitos das Mulheres Negras, Taís?

Você sente a necessidade constante de estar alerta, militando?

Gostaria que meu trabalho na ONU fosse mais ativo.

A gente consegue pouco por causa de agenda (minha, principalmente).

Mas é uma responsabilidade e eu adoro pensar sobre medidas e atitudes que a gente pode ter para poder transformar o mundo em um lugar possível em que todos possam viver bem.

Mas não estou sempre alerta…

ou será que estou e nem percebo?

Levo isso de uma maneira muito leve — quando dá.

Gosto de equalizar as atitudes, as medidas tomadas e os posicionamentos porque viver, só viver, também é necessário para minha saúde.

Estar alerta é algo constante na criação dos filhos, especialmente com crianças negras.

Como tem sido isso hoje com João Vicente e Maria Vitória?

Nossa, isso é um desafio.

Muitas vezes me sinto ali tirando o direito deles a ter uma infância plena.

Deixar que eles sejam só crianças.

Isso infelizmente não é permitido para pessoas negras nesse país.

Há momentos em que preciso adiantar alguns assuntos por uma questão de proteção mesmo.

Conforme vão chegando as questões, vou fazendo os alertas necessários.

Como é a vida de Taís e Lázaro como um casal?

Dá para curtir com tanto trabalho?

Isso a gente é mestre em fazer!

Conseguimos nos organizar para estarmos juntos.

Quando sentimos que estamos trabalhando muito, eu falo: Vamos ficar só a gente, vamos deixar as crianças em casa, vamos fazer uma viagem só com as crianças.

A gente vai equalizando assim.

Amamos jantar fora, ver shows, viajar…

A gente gosta muito de estar junto, temos prazer nisso.

Então há momentos em que estamos só ali, fazendo nada, vendo uma série.

Você tem se aventurado em natação no mar.

O que te mobilizou a procurar a prática?

Tenho muitos medos.

Entrar no mar é um, entrar na roda de capoeira é outro.

São coisas que me desafiam de verdade.

E eu detesto entrar nesse embate.

Mas sabia que precisava entrar no mar, conhecê-lo, ver quando está bom, onde tem vala…

Essa aula foi para vencer o medo.

Amo estar em contato com a natureza, gosto do Sol, de ficar com pé no chão, então foi bom fazer.

Você vive sempre conectada no digital ou, como a Vivo, acredita que “tem tempo pra tudo”?

Como você vive no teu tempo?

Como eu vivo no meu tempo é uma pergunta complexa porque sou uma pessoa bem agitada.

Sou muito conectada e estou tentando diminuir isso.

A internet é importante, mas se desconectar também é fundamental.

É o equilíbrio, né?

E a gente tem a tendência a ficar online cada vez mais.

Faço mil coisas ao mesmo tempo, mas me observo muito.

Aí é o momento de perceber se estou ultrapassando limites e se preciso parar.

O que falta para a Taís realizar hoje?

Falta realizar muita coisa: tenho muitas ambições, sou bastante sonhadora.

Acho saudável equilibrar as coisas, fazer meus exercícios, brincar com meus filhos, ler.

Mas também quero fazer trabalhos que me desafiam, tentar vencer alguns obstáculos.

E manter uma agenda mais calma para que eu possa dar atenção para minha casa, para os meus filhos e para mim.


Fonte: terra

28/07/2025 12:30

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