Brasil está aberto a discutir minerais críticos com EUA em negociação sobre tarifas Governo Lula discute lançar política nacional voltada à atração de investimentos em minerais críticos antes da COP-30, em novembro Os negociadores brasileiros estão abertos a discutir com o governo americano o tema dos minerais críticos em solo brasileiro no contexto do tarifaço a ser aplicado pelos Estados Unidos ao Brasil, conforme apurou o Estadão/Broadcast.
Segundo anúncio do presidente Donald Trump, a sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros — a maior anunciada pelos Estados Unidos a países até o momento — começará a valer na próxima sexta-feira, 1º de agosto.
Um interlocutor do governo ouvido pela reportagem sustentou que este não é um assunto novo e sempre foi debatido pelo governo brasileiro com os EUA.
📊 Fatos e Dados
O tema foi introduzido pelo encarregado de negócios da Embaixada Americana no Brasil, Gabriel Escobar, que se reuniu na última quarta-feira, 23, com representantes do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), em Brasília.
Segundo comunicado da entidade, Escobar demonstrou interesse na Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos em preparação pelo governo brasileiro, bem como em iniciativas parlamentares nesse mesmo contexto.
Como a representação americana no País está sem embaixador, Escobar é hoje o principal representante dos EUA na capital federal.
🔍 Detalhes Importantes
O governo Lula discute lançar uma política nacional voltada à atração de investimentos em minerais críticos antes da COP-30, em Belém (PA), em novembro.
Um dos eixos discutidos é a emissão de debêntures incentivadas no setor minerário.
A avaliação colhida pela reportagem é a de que o encarregado de negócios buscou nesse tema uma linha para achar uma saída ao tarifaço, e que esta seria mais uma leitura dele como um ponto estratégico do que algo que venha da Casa Branca.
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Não parece ter sido algo que tenha vindo diretamente de Trump ou de outras autoridades americanas, segundo pessoas a par do assunto.
Questionado sobre possíveis negociações com os EUA envolvendo minerais críticos brasileiros, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou, na semana passada, que a pauta de mineração “é muito longa e pode ser explorada e avançada”.
Ele evitou, porém, cravar qualquer cenário de negociação sobre o tema.
“Trata-se de outro setor que exporta para os Estados Unidos apenas 3%, mas importa em máquinas e equipamentos mais de 20%, o que mostra, de novo, enorme superávit na balança comercial (do lado dos EUA)”, destacou Alckmin.
Fonte: terra
28/07/2025 12:09