Sem citar Trump, Lula critica ofensiva contra a democracia e defende regulamentação de redes Presidente participou, em Santiago, de reunião com líderes estrangeiros em meio a tarifaço de Trump Lula criticou ataques à democracia, defendeu a regulamentação de redes sociais e destacou a necessidade de combater desinformação em encontro no Chile com líderes internacionais, abordando temas como justiça tributária, governança digital e fortalecimento institucional.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou para a 'nova ofensiva antidemocrática' e defendeu a regulamentação das redes sociais como forma de proteger a democracia.
Em discurso nesta segunda-feira, 21, sem citar Donald Trump nominalmente, o petista criticou ataques ao Estado de Direito e destacou a necessidade de combater a desinformação e o discurso de ódio nas plataformas digitais.
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O pronunciamento de Lula ocorreu em Santiago, onde participou da reunião sobre defesa da democracia, organizada pelo presidente do Chile, Gabriel Boric.
Participaram também os líderes da Colômbia, Gustavo Petro; Espanha, Pedro Sánchez; e Uruguai, Yamandú Orsi.
📊 Fatos e Dados
Os líderes participaram de reunião reservada e de encontro com representantes da sociedade civil, do meio acadêmico e de centros de reflexão.
As discussões foram organizadas em torno de três eixos centrais: defesa da democracia e do multilateralismo; combate às desigualdades; e tecnologias digitais e o enfrentamento à desinformação.
Os encontros desta segunda já estavam programados antes da tarifa de 50% imposta por Donald Trump contra o Brasil.
💥 Impacto e Consequências
Mas o assunto, de acordo com o governo federal, também foi tema central nos debates entre os líderes.
Momento exige 'ações concretas'
Em seu discurso, Lula lembrou que tanto Brasil quanto Chile "conhecem de perto os horrores das ditaduras que mataram, perseguiram e torturaram".
"O caminho para a conquista da democracia e da liberdade foi longo.
Democracia não se constrói da noite para o dia, zelar pelos interesses coletivos é uma tarefa permanente.
Vivemos uma nova ofensiva antidemocrática".
O mandatário brasileiro mencionou a iniciativa conjunta com a Espanha durante a Assembleia Geral da ONU em 2024 como resposta a esses desafios, observando que “de lá para cá, a situação do mundo se agravou” e que o momento exige “ações concretas e urgentes”.
A reunião no Chile foi caracterizada como parte desse esforço coletivo.
Lula apontou falhas no modelo democrático atual, argumentando que os ciclos eleitorais tradicionais se tornaram insuficientes e que partidos políticos perderam credibilidade.
Durante o encontro, os líderes discutiram mecanismos para fortalecer instituições democráticas e o multilateralismo frente a ataques recorrentes.
Sobre o tema digital, houve consenso quanto à necessidade de regulamentar plataformas e combater desinformação.
Para, ele não se pode confundir "liberdade com autorização para incitar a violência" ou para "atacar o Estado Democrático de Direito".
O petista também mencionou a Aliança contra Fome do G20 e defendeu justiça tributária, afirmando que "os super-ricos precisam arcar com sua parte" no desenvolvimento social.
"Sem um novo modelo de desenvolvimento, a democracia será ameaçada por aqueles que colocam seus interesses econômicos acima dos da sociedade e da pátria", defendeu ele.
Fonte: terra
21/07/2025 16:45