Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (3), tanto a população quilombola brasileira quanto a baiana possuem uma idade média menor que a média geral, além de serem mais masculinas. Essas informações são provenientes do Censo 2022 e marcam a primeira vez em que o IBGE disponibiliza dados específicos sobre quilombolas e indígenas. Na Bahia, metade da população quilombola tem até 32 anos, enquanto a média estadual e nacional é de 35 anos.
Em relação ao gênero, algumas localidades quilombolas apresentam uma maior presença feminina, como Lagoa Santa em Ituberá (60%), Fazenda Porteiras em Entre Rios (58%), e Mota em Itanhém (55,2%). Por outro lado, há localidades com uma maior predominância masculina, como Vicentes em Xique-Xique (60%), Mata do Sapê em Macaúbas (59,3%), e Salamina Putumuju em Maragogipe (56,3%), conforme relatado pelo G1.
As mulheres quilombolas representam 50,5% do total, um percentual ligeiramente menor do que a média geral de mulheres na população baiana, que é de 51,7%. Nos territórios delimitados, elas são minoria, representando 49,6%. O IBGE também disponibilizou dados sobre a faixa etária escolar.
De acordo com a pesquisa, cerca de 3 em cada 10 quilombolas da Bahia estão na faixa etária escolar, o que representa 27,1% com idades entre 0 e 17 anos. No estado como um todo, essa proporção é de 2 em cada 10 habitantes, totalizando 24,8%.
Quanto ao envelhecimento entre quilombolas, o percentual é de 60,8 idosos para cada 100 pessoas com até 14 anos de idade. Esse dado é cerca de 20% menor do que na população baiana em geral, que é de 75,4 idosos para cada 100 pessoas nessa faixa etária.