
Igrejas já usam inteligência artificial para ampliar o alcance da fé, gerar conteúdo religioso e até criar imagens de santos — mas com limites éticos bem definidos.
📖 Pastor vira expert em IA para pregar melhor
O pastor Jorge Miguel Rampogna, da Igreja Adventista do Sétimo Dia, já preparou mais de 50 sermões por ano — agora, ele conta com inteligência artificial como aliada nessa missão.
🧠 Ele estuda IA em seu doutorado e usa ferramentas como o ChatGPT para:
- 📚 Buscar referências bíblicas;
- 📝 Revisar seus sermões;
- 💡 Criar novas conexões com base nas Escrituras.
Mas nada substitui o toque humano:
“Máquinas não podem substituir aquilo que é um dom sagrado do ser humano, que é a capacidade do pensamento”, afirma Rampogna.
⚙️ A IA Adventista: tecnologia com limites bem claros
A Igreja Adventista do Sétimo Dia foi além: criou sua própria IA personalizada, com base de dados 100% cristã e adventista. A iniciativa é acompanhada de um Código de Ética, que regula seu uso.
A IA tem 3 principais funções:
- 🧾 Responder dúvidas sobre a Bíblia;
- 📄 Ajudar na criação de sermões;
- 📘 Consultar documentos e manuais da igreja.
🖼️ IA também cria imagens religiosas
Não são só os sermões que recebem ajuda da tecnologia. A IA já está sendo usada até na criação de santos em arte digital.
👩🎨 A Congregação Copiosa Redenção, famosa pelas freiras do beatbox, usa IA para recriar visualmente personalidades religiosas sem registros históricos — como Santa Mônica e São Matias.
⛪ Vaticano alerta: tecnologia não pode virar um ídolo
Em um texto com mais de 100 parágrafos, o Vaticano destacou os perigos da “idolatria tecnológica” e reforçou que a IA deve ser apenas uma ferramenta, nunca um substituto da inteligência ou da fé humanas.
“Não é a IA que será divinizada e adorada, mas sim o ser humano que, dessa forma, torna-se escravo de sua própria criação”, alerta o documento.
✝️ Fé e tecnologia: equilíbrio é a palavra
O uso crescente da IA no meio religioso mostra que a tecnologia pode sim ser usada para espalhar fé, desde que com responsabilidade, limites éticos e respeito à autonomia humana.
O desafio agora é manter o foco no que realmente importa: o ser humano como protagonista da fé.