Senado aprova texto-base de PL que aumenta número de deputados Pelo texto, total de deputados federais passará de 513 para 531, sob custo anual de R$ 64,4 milhões, de acordo com a Câmara atualizado Compartilhar notícia O plenário do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (25/6), o texto-base do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 177/23, que aumenta o número de deputados federais a partir da eleição geral de 2026.
A proposta, de autoria de Dani Cunha (União-RJ), prevê que o total de deputados federais passe de 513 para 531.
Foram 41 votos favoráveis e 33 contrários.
💥 Como metropoles Afeta o Cotidiano
A direção-geral da Câmara dos Deputados prevê que os 18 novos parlamentares vão custar R$ 64,4 milhões a mais por ano.
Como o projeto foi alterado, agora ele precisa retornar à Câmara para uma nova votação.
A discussão sobre a mudança no número de congressistas passou a ser feita depois de determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Casa revisasse, até 30 de junho, o número de parlamentares de cada estado com base no último censo demográfico, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022.
🔄 Atualizações Recentes
Ganham cadeiras as seguintes bancadas estaduais: – Pará – sobe de 17 para 21 deputados; – Santa Catarina – sobe de 16 para 20 deputados; – Amazonas – sobe de oito para 10 deputados; – Mato Grosso – sobe de oito para 10 deputados; – Rio Grande do Norte – sobe de oito para 10 deputados; – Ceará – sobe de 22 para 23 deputados; – Minas Gerais – sobe de 53 para 54 deputados; – Goiás – sobe de 17 para 18 deputados; – Paraná – sobe de 30 para 31 deputados.
Caso o Congresso não aprove o projeto até o fim de junho, caberia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definir como ficam as bancadas estaduais.
Se a Câmara seguisse à risca a determinação da Suprema Corte, alguns estados perderiam deputados, já que houve queda da população.
📌 Pontos Principais
Mas os parlamentares optaram por criar vagas, não por cortá-las.
Os senadores aprovaram uma emenda apresentada por Alessandro Vieira (MDB-SE).
O novo trecho determina que “o valor global das despesas da Câmara dos Deputados deverá permanecer igual ou inferior ao total executado”, vetando qualquer aumento de despesas decorrente da ampliação do número de deputados federais.
O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), fez questão de sair da presidência da sessão e entregá-la a Nelsinho Trad (PSD-MS) para votar favorável ao projeto.
No Senado, o PLP foi relatado por Marcelo Castro (MDB-PI), que enfrentou dificuldades para angariar votos ao projeto, visto como impopular fora do Parlamento.
No relatório, Castro ressalta que a composição da Câmara se mantém a mesma desde 1986, sob a Constituição anterior, mesmo com o crescimento populacional de mais de 40% no período.
“Essa defasagem gerou desequilíbrios representativos, especialmente em Estados que experimentaram crescimento populacional acentuado desde então.
O PLP nº 177, de 2023, corrige essas distorções”, argumenta o senador.
O relator também destaca que, mesmo com o novo número de 531 deputados, o Brasil continua entre as democracias “com menor proporção entre a quantidade de deputados e o tamanho de sua população”, citando países com maior índice de representação, como Alemanha, França, Itália, Canadá, Argentina, México e Reino Unido.
Castro também pontua que, no caso de redistribuição das 513 vagas, a Região Nordeste seria prejudicada.
“Dos sete Estados que perderão vagas na Câmara dos Deputados, cinco deles se situam na Região Nordeste.
Isso não significa apenas menor representatividade no Congresso Nacional, mas também menos recursos disponíveis para o desenvolvimento de uma região brasileira historicamente sacrificada”, argumenta.
Fonte: metropoles
25/06/2025 19:49