
Oliver Schusser, vice-presidente da Apple e chefe do Apple Music, subiu o tom e criticou duramente os serviços que oferecem música de graça, como o Spotify e Amazon Music. Para ele, arte tem valor e não deve ser distribuída de graça com anúncios.
🎤 O Que Foi Dito?
Durante um evento da National Music Publishers Association (NMPA) em Nova York, Schusser fez declarações contundentes:
“É uma loucura que, depois de 20 anos, ainda ofereçamos música de graça. Isso desvaloriza a arte. E nós nunca faremos isso.”
Ele reforçou que o Apple Music é o único serviço que não oferece plano gratuito, e que isso não tem a ver com dinheiro, mas com princípios.
🚫 Alvo das Críticas
Embora sem citar diretamente nomes, a crítica foi clara para gigantes como:
- Spotify, que oferece planos gratuitos com anúncios;
- Amazon Music, que recentemente também foi alvo de reclamações por reduzir pagamentos de royalties.
Segundo Schusser, esse modelo “empacota” a música como mercadoria barata, o que pode prejudicar toda a cadeia artística.
📺 Música x Streaming de Vídeo
O executivo comparou com o Apple TV+, serviço onde o usuário precisa pagar para assistir conteúdo premium:
“Ninguém espera assistir séries e filmes de qualidade sem pagar. Por que com música seria diferente?”
Ele citou como exemplo o sucesso da série Ruptura (Severance), que liderou a audiência global em janeiro — sempre com acesso pago.
💰 Revolta dos Artistas e Editoras
A fala de Schusser recebeu aplausos calorosos das editoras musicais, que há anos lutam contra a desvalorização da música.
Recentemente, elas reclamaram:
- Da queda nas receitas de royalties.
- Da inclusão de audiolivros nos catálogos de streaming, o que diluiu ainda mais o valor pago aos músicos.
🔥 O Que Isso Significa?
A declaração acende um debate importante no setor:
- Devemos continuar tratando música como um produto gratuito?
- O modelo “freemium” ainda faz sentido?
- O artista perde espaço em meio a algoritmos e anúncios?
A posição da Apple é clara: a arte tem valor — e deve ser paga por isso.